Potencial probiótico de Enterococcus faecium isolados de queijo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Brandalize, Claudia Carneiro lattes
Orientador(a): Furlaneto-Maia, Luciana lattes
Banca de defesa: Furlaneto-Maia, Luciana, Coelho, Alexandre Rodrigo, Favero, Daniel
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2158
Resumo: Tendo em vista fazer uma verificação de algumas das características de microorganismos com potencial probiótico, esse trabalho tem por objetivo identificar, avaliar e comparar o potencial probiótico de Enterococcus faecium isolados de queijo artesanal da cidade de Londrina. Primeiramente foram identificadas por técnica molecular as cepas já isoladas de Enterococcus. O restante dos testes foram feitos somente com os isolados de Enterococcus faecium. Fez-se então, um antibiograma frente à eritromicina 15 µg, tetraciclina 30 µg e vancomicina 30 µg, verificando-se a resistência ou sensibilidade de cada isolado frente a estes antibióticos. Em seguida foram realizados testes de simulação in vitro do trato gastro-intestinal e comparados com a cepa comercial de Lactobacillus acidophilus. Para simular as condições na boca foi realizado o teste de resistência à lisozima, verificando assim a sua viabilidade. Já para simular as condições no estômago realizou-se o teste de tolerância em meio ácido, em cultivo. Foram avaliadas as condições de sobrevivência simulando o intestino delgado, determinando-se a viabilidade destes micro-organismos frente à pancreatina em pH 8,0. No estudo de auto-agregação, cada isolado de E. faecium e a cepa comercial de L. acidophilus, foram colocados separadamente e verificados em densidade óptica de 540 nm. Os resultados demonstraram que dos 98 isolados de Enterococcus, 54,0 % eram E. faecium, 39,8% eram E. faecalis e 6,2% eram Enterococcus spp. Em relação à susceptibilidade à antimicrobianos foram pouco resistentes aos antibióticos testados, sendo que 24,5% apresentaram resistência à eritromicina e 1,9% apresentaram resistência à tetraciclina e vancomicina. Já no teste de resistência à lisozima após 120 min obteve-se 15 isolados que não apresentaram diferença significativa ao nível de 5% quando comparados ao L. acidophilus e 7 isolados que foram mais resistentes que o mesmo. No resultado frente ao estresse ácido após 3 h, 3 isolados não apresentaram diferença significativa ao nível de 5 % quando comparados com L. acidophilus e 2 isolados apresentaram maior resistência que o Lactobacillus. Em relação ao teste sobrevivência ao intestino delgado, em comparação a cepa comercial de L. acidophilus, apresentaram-se com taxas de sobrevivência sem diferença significativa, 21 isolados de E. faecium, e ainda pode-se destacar 7 isolados, onde encontrou-se uma taxa de sobrevivência maior que o controle. Dos 53 isolados analisados 60 % apresentaram capacidade de auto-agregação.