Lei da aprendizagem: da naturalização à regulamentação de inserções precárias de jovens e adolescentes no mercado de trabalho
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25002 |
Resumo: | Com as alterações promovidas no mundo do trabalho pela adoção do regime de produção flexível, novas precarizações e um novo envolvimento do trabalho vivo na produção capitalista foram estabelecidos. Neste contexto, e devido à pouca idade e falta de experiência profissional, aliadas às dificuldades adicionais para encontrar trabalho e nele se manterem, à adolescência e juventude trabalhadora brasileira tem restado, muitas vezes, apenas o ingresso temporário no mercado de trabalho na condição de trabalhadores aprendizes. Buscando aprofundar e melhor caracterizar essa nova condição, numa abordagem interdisciplinar, busca-se compreender em que medida a realização do curso de aprendizagem técnico-profissional e a inserção no mercado de trabalho como aprendiz contribuem, após o término de contrato de aprendizagem, com o desenvolvimento profissional do jovem trabalhador. A partir desta delimitação, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa, de caráter explicativo, aplicando-se, para a obtenção dos dados empíricos, estratégias metodológicas que envolveram pesquisa bibliográfica, documental e de campo, com a aplicação de questionários e realização de entrevistas semiestruturadas. O universo da pesquisa foi constituído por adolescentes e jovens residentes no município de Araucária que realizaram curso de aprendizagem e se inseriram no mercado de trabalho como aprendizes. A temática pesquisada, por envolver aspectos de caráter social, político, econômico, cultural e ético, entre outros, procurou respeitar a historicidade, o momento conjuntural, os conflitos e as contradições em que o objeto de investigação se inseriu. Constatou-se que a Lei da Aprendizagem, que regulamenta um processo de ensino para o trabalho, não tem garantido a inclusão definitiva na juventude brasileira no mercado produtivo. Entre inclusões e exclusões e de forma assistencialista, acena ao jovem para trabalhos em funções subordinadas e periféricas. |