Respostas psicofisiológicas em diferentes comandos de esforço durante caminhada em idosas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4164 |
Resumo: | Apesar da caminhada ser considerada um gesto simples e recomendado como estratégia benéfica para população idosa, ainda são escassos estudos que demonstrem a capacidade cognitiva de discriminar diferentes instruções do exercício a fim de atingir a intensidade alvo de treinamento que garantam benefícios a saúde física e mental. Objetivo: comparar respostas psicofisiológicas e velocidade de caminhada entre condições espontâneas, autosselecionadas e prescritas em mulheres idosas. Métodos: Dezesseis mulheres idosas ativas participaram desta investigação (66,9±5,0 anos). O estudo consistiu de seis sessões experimentais de 20 minutos de caminhada, sendo: 1. espontânea (E), na qual as idosas realizaram a caminhada em velocidade habitual, desconhecendo que os dados da pesquisa estavam sendo coletados; 2. autosselecionada (AS), na qual as participantes foram instruídas a caminhar em “intensidade preferida/selecionada”, e a sua reprodução (AR); e 3. prescrita em que as idosas foram caminhar com esforço fácil (EF), moderado (EM) e difícil (ED); as três últimas três sessões foram contrabalançadas. Avaliação psicofisiológica (escala OMNI de Percepção Subjetiva do Esforço e valência afetiva - Escala de Sensação) e a frequência cardíaca (FC) foram medidas imediatamente após o exercício, e a distância foi registrada para calcular a velocidade de caminhada. A descrição dos dados é apresentada através da média e desvio padrão. Uma ANOVA one-way examinou as diferenças entre as condições e post-hoc Tukey foi usado para localizar as diferenças (p<0,05). Resultados: A velocidade média de caminhada não diferiu significativamente entre condições E (1,42±0,15 m/s), AS-AR (1,43±0,12 m/s e 1,43±0,10 m/s, respectivamente) e EM (1,40±0,07 m/s). Diferenças significativas foram encontradas entre a condição de esforços prescritos (EF: 1,14±0,10 m/s; EM: 1,40±0,07 m/s; ED: 1,61± 0,06m/s). A FC não diferiu significativamente entre as condições E (130,5±14,5 bpm), de AS-AR (136,2±7,8 bpm e 138,9±6,1 bpm, respectivamente) e de EM (138,6±5,1 bpm). Diferenças significativas foram encontradas entre as condições de esforços prescritos à medida em que as idosas foram submetidas a condições de esforço aumentado. A intensidade relativa do exercício, calculada pela %FCres, não diferiu entre condições E (66±16,2%), AS-AR (73,5±12,1% e 76,4±10,5%, respectivamente) e EM (74,5±6,4%). Diferenças significativas foram encontradas apenas entre o EF e EM, versus ED (85,1±7,9%). A PSE diferiu entre as condições E (6,2±1,7), de AS-AR (6,2±0,9 e 6,5±0,8, respectivamente) e EM (6,1±0,8). Diferenças significativas foram encontradas apenas entre a condição de esforços prescritos (EF: 4,3±0,7; EM: 6,1±0,8; ED: 8,4±0,5). A valência afetiva permaneceu estável e positiva/prazerosa independente da condição experimental, ou seja, da intensidade do exercício realizado (variação entre 4 e 5). Conclusão: mulheres idosas ativas foram capazes de discriminar diferentes comandos prescritos em uma sessão de exercício visando o esforço físico fácil, moderado e difícil. As intensidades espontâneas e autosselecionadas provocaram velocidades de caminhada semelhantes às da sessão prescrita com esforço moderado. Estratégias de saúde pública podem usar essas instruções simples de esforço para a prescrição de exercícios de intensidade moderada e fornecer benefícios para a saúde e sentimentos prazerosos o que, por sua vez, pode melhorar a adesão aos programas de exercícios. |