Síntese, avaliação das propriedades antimicrobianas, caracterização e aplicação de vidros borato, fosfato e borofosfatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Assis, Iago César Martins de lattes
Orientador(a): Busso, Cleverson lattes
Banca de defesa: Busso, Cleverson lattes, Aguiar, Kelen Menezes Flores Rossi de lattes, Mocelin, Natália Ketrin Almeida de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Toledo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologias em Biociências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28124
Resumo: As dificuldades de controle de microrganismos patogênicos tornaram-se um grave problema de saúde pública que influencia diretamente na qualidade de vida da população. Devido ao surgimento de microrganismos resistentes a medicamentos, a utilização e a descoberta de materiais antimicrobianos vêm ganhando importância a cada dia. Dentre eles, o vidro apresenta estabilidade e bom tempo de vida útil e vem sendo aplicado em diversas áreas, principalmente da saúde. Dos formadores de rede vítrea existentes, temos os constituídos de fósforo e boro vítreos que por si só apresentam problemas de estabilidade, mas quando combinados, formam os vidros borofosfatos que são mais estáveis e menos higroscópicos. Sendo assim, nesse estudo foram sintetizados vidros boratos, fosfatos e borofosfatos (com adição de óxido de zinco ou não) pela técnica de fusão/resfriamento. Os vidros foram submetidos a testes microbiológicos com bactérias das espécies Escherichia coli, Staphylococcus aureus e leveduras das espécies Candida albicans e Candida glabrata. Todos os vidros testados apresentaram atividade bacteriostática, fungistática, sendo que os vidros boratos, fosfatos e borofosfatos P/B=2, P/B=0,5 e P/B=1 demonstraram ser fungicidas. O vidro que apresentou os melhores resultados de inibição contra os microrganismos testados foi o composto apenas por ácido bórico, mas foi classificado nesse estudo como inviável para aplicação, uma vez que o mesmo possui instabilidade química. Sendo assim, o vidro borofosfato P/B = 0,5 classificado como a amostra mais promissora das demais, apresentando inclusive atividade fungicida para C. albicans. Após a realização de análises físico-químicas de caracterização, o vidro borofosfato P/B=0,5 foi utilizado na realização de um teste protótipo, no qual foi testada sua atividade contra C. albicans em absorventes íntimos femininos, uma vez que essa espécie de Candida causa infecções vaginais, problema de saúde mundial que afeta boa parte das mulheres, principalmente na sua vida fértil. A aplicação do vidro em absorventes íntimos mostrou resultados promissores, uma vez que o número de Unidades Formadoras de Colônia (UFC) observados nos absorventes com a amostra vítrea demonstraram diferença significativa em comparação ao controle de crescimento, apresentando uma redução de mais de 80% no valor médio de UFC/mL, quando comparado ao controle de crescimento que não possuía a amostra. Portanto, os resultados obtidos neste estudo abrem caminhos para uma diversidade de aplicações das amostras vítreas sintetizadas frente aos microrganismos testados.