Biocontrole com Trichoderma e Bacillus à Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Schmoller, Isabela lattes
Orientador(a): Mazaro, Sérgio Miguel lattes
Banca de defesa: Manteli, Claudia lattes, Bertoldo, Edson lattes, Mazaro, Sérgio Miguel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26280
Resumo: A soja é o principal produto da agricultura brasileira, fortalecendo a posição do país como uma das commodities mais importantes do comércio agrícola mundial. Mas são inúmeros os fatores que afetam sua qualidade e produtividade, dentre elas a incidência de doenças. O mofo-branco causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de Bary, também conhecido como podridão-de-esclerotínia, tem se destacado como uma das mais severas para a cultura. Não existe cultivares de soja resistente a S. sclerotiorum, e o controle químico do mofo-branco possui limitações, em razão dos custos, perda de eficiência dos fungicidas e das dificuldades de se obter proteção total da planta durante as pulverizações. Portanto, práticas como o controle cultural com formação da palhada para o sistema de plantio direto (SPD) e o controle biológico com antagonistas como Trichoderma e Bacillus vem sendo utilizados no manejo da doença. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia dos agentes de biocontrole na colonização de escleródios de S. sclerotiorum no solo, sob cultivo de soja. Foram desenvolvidos dois experimentos nos anos agrícolas de 2019/2020 e 2020/2021 na estação experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR - Dois Vizinhos sendo os tratamentos Trichoderma harzianum, isolado IBLF 006 (0,1kg/ha); Bacillus subtilis linhagem QST 713(3litros/ha); e associação Trichoderma harzianum, isolado URM 8119, Trichoderma asperellum, isolado URM 8120 e Bacillus amyloliquefaciens, isolado CCT 7901(0,1Kg/ha). A cobertura vegetal que antecedeu a cultura da soja foi a Aveia Preta BRS 139, semeadas à campo e quando atingiu o estádio fenológico de pleno florescimento, foi rolada, com auxílio de rolo faca, e semeado soja cultivar BRS 282. No estádio fenológico V2 (duas folhas verdadeiras), amostras contendo 50 escleródios foram colocadas em sacos de tela de náilon com malha de 1,5 mm e dispostas na entre linha da cultura, sendo acomodados de forma que metade de sua altura ficasse abaixo da superfície do solo. Foram realizadas duas aplicações dos agentes de biocontrole nos estádios V2 e V4 da cultura, respectivamente. As pulverizações foram realizadas com pulverizadores pressurizados com CO2 com vazões de 200 L ha-1. Após 20 dias da última aplicação dos biocontroles, os escleródios foram retirados do campo e foi realizada a avaliação carpogênica em laboratório. Os escleródios foram acondicionados em caixa gerbox contendo 200 g de solo auto-clavado, e então incubados à temperatura de 18ºC (±2ºC) e fotoperíodo (12horas) por 20 dias. Na avaliação carpogênica foram quantificando o número de escleródios germinados, número de estirpes e apotécios por escleródios, escleródios colonizados, escleródios degradados ou podres e percentual de controle. Os resultados demonstraram que nos dois anos de avaliações Trichoderma harzianum isolado URM 8119 e Bacillus subtilis linhagem QST 713 tiveram efeito de biocontrole sobre S. sclerotiorum, com médias de controle de 36,4%, não diferindo entre si quanto a eficiência de controle, no entanto, quando utilizou-se a associação de Trichoderma harzianum, isolado URM 8119, Trichoderma asperellum, isolado URM 8120 e Bacillus amyloliquefaciens, isolado CCT 7901 demonstrou maior eficiência de controle de S. sclerotiorum, com média de 52,8%, comprovando que houve sinergismo entre agentes biológicos.