Investigação em estimulação tátil por jatos de CO2 aplicada à comunicação alternativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cunha, José Carlos da
Orientador(a): Nohama, Percy
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/407
Resumo: A estimulação vibrotátil tem sido utilizada para promover a comunicação alternativa em pessoas com deficiência visual e/ou auditiva. Por meio dela, ativam-se os receptores da pele que promovem a transdução do estímulo mecânico em uma resposta eletrofisiológica enviada ao SNC. O objetivo do presente trabalho é o de investigar a resposta à estimulação tátil por jato de CO2 como método de comunicação alternativa. Materiais e Métodos: desenvolveu-se um sistema de estimulação tátil por jato de CO2, no qual pressão e fluxo do gás são controlados e o gás é aplicado à pele por meio de uma agulha, cuja velocidade de deslocamento pode ser ajustada entre 20 e 100 mm/s. O instrumento atua como um plotter tátil. Foram realizados testes com 25 voluntários sem deficiências físicas e/ou cognitivas, nos quais avaliaram-se as respostas psicofísica e cognitiva e a taxa de reconhecimento correto de dezenove letras aplicadas na região abdominal, com intensidade estimulatória equivalente a três vezes o limiar de percepção. Resultados: o limiar de percepção da força encontrado foi de 60 mgf e a estimulação fluxotátil foi realizada utilizando-se a força de 180 mgf. Em testes cegos, a melhor taxa de reconhecimento correto das letras atingiu a média de 68 (±17) %, e ocorreu na velocidade de 40 mm/s e frequência de 1,33 Hz. As letras D, O, M e N apresentaram as menores taxas médias de reconhecimento, com 29%, 37%, 47% e 51%, respectivamente, devido à morfologia das mesmas gerar dúvida na diferenciação entre elas, enquanto as melhores taxas foram observadas sobre as letras I, U, J e B com 87%, 71%, 68% e 65%, respectivamente. Conclusões: o sistema desenvolvido possibilitou a execução dos testes e a coleta das informações, necessárias à realização da pesquisa. Os resultados mostraram que a resposta psicofísica à estimulação fluxotátil está relacionada à faixa de frequência de resposta dos discos de Merkel, com resposta máxima em 1,33 Hz, correspondente a velocidade de deslocamento da agulha de estimulação em 40 mm/s. A morfologia das letras e a velocidade de deslocamento da agulha de estimulação influenciaram nas taxas de reconhecimento das letras.