Termografia infravermelha para verificação do efeito da gordura corporal na temperatura cutânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Salamunes, Ana Carla Chierighini lattes
Orientador(a): Stadnik, Adriana Maria Wan lattes
Banca de defesa: Stadnik, Adriana Maria Wan, Lozovey, João Carlos do Amaral, Gamba, Humberto Remigio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2855
Resumo: O aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade traz a necessidade da utilização de métodos precisos para estimar a composição corporal. Nesta direção, o objetivo deste estudo foi analisar a possibilidade de se calcular o percentual de gordura de mulheres jovens, idade de 18 a 35 anos, com o uso da termografia infravermelha (TIV), tecnologia que estima a temperatura da superfície de um corpo por meio de sua irradiação infravermelha. A amostra foi composta por 130 mulheres com idade média de 26,06 ± 4,41 anos e índice de massa corporal (IMC) de 18,5 a 24,99kg/m², da cidade de Curitiba. As participantes foram avaliadas de três formas: antropometria, por meio de estatura, massa corporal, IMC e por circunferências corporais do braço, antebraço, cintura, abdome (cicatriz umbilical e maior porção), quadril, coxa e perna; massa magra por segmento corporal, percentual de gordura corporal total (%G) e por segmento corporal %GS com Dual-Energy X-Ray Absorptiometry; e temperatura cutânea (TP), por TIV, em 30 regiões de interesse (ROI) no tronco, nos membros superiores e inferiores, em visões anterior e posterior. Foram registradas as temperaturas média, mínima e máxima (TMe, TMi, TMa) de cada ROI. A amostra foi separada em grupos de alto e baixo %GS, para tronco, membros superiores e inferiores direitos e esquerdos separadamente. Entre esses grupos, utilizou-se do teste T de Student para comparar os valores de massa magra e de TMe das ROI referentes ao segmento. Na amostra como um todo, aplicou-se o teste de correlação de Pearson nas variáveis de antropometria e TP com o %G. Nesta análise, foram utilizadas TMe, TMi e TMa, as quais foram consideradas pela média do lado esquerdo e direito da mesma ROI. As variáveis cujos resultados apresentaram maiores correlações foram utilizadas para estimar modelos matemáticos para o cálculo do %G. Três equações foram desenvolvidas com base em TIV e circunferências corporais e uma sem o uso da TIV. Os grupos de maior %GS apresentaram menores TMe nas ROI do segmento. A massa magra se diferenciou entre os grupos somente no membro superior esquerdo. Todas as circunferências corporais se correlacionaram positivamente com o %G. As variáveis de TP das palmas das mãos foram as únicas que apresentaram correlação positiva com o %G. As TP de outras ROI demonstraram correlação negativa significativa com o %G. O modelo matemático mais significativo obtido com o uso de TIV foi calculado com TMe da porção posterior dos membros inferiores, TMi da porção posterior dos braços, TMa das palmas e circunferência da maior porção abdominal (R = 0,764 and R² = 0,583). O outro modelo matemático foi calculado com circunferência da maior porção abdominal, circunferência do quadril e a massa corporal (R = 0,744 e R² = 0,554). Com base nesses resultados, concluiu-se que há influência da gordura corporal na temperatura da pele. A TIV pode ser um instrumento eficaz para se estimar %G.