Através daquilo que foi São Chico: navegando pelo diorama do centro histórico no Museu Nacional do Mar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Piñol, Susana Nunes Taule lattes
Orientador(a): Merkle, Luiz Ernesto lattes
Banca de defesa: Picanco, Deise Cristina de Lima lattes, Machado, Diego Finder lattes, Rocha, Luisa Maria Gomes de Mattos lattes, Merkle, Luiz Ernesto lattes, Queluz, Marilda Lopes Pinheiro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25110
Resumo: No movimento do pensamento dialógico de Mikhail Bakhtin para a museologia e vice versa, me aproximo e me afasto da exposição museológica do Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras, intitulada Maquete do Centro Histórico de São Francisco do Sul. Nesse fazer metodológico descrevo e tensiono os gêneros de comunicação discursiva que permeiam tal exposição em uma instância relacional entre o eu e o outro, no âmbito da tecnologia e da cultura, importantes à Ciência, Tecnologia e Sociedade. Em um espaço temporal que contempla fases de feitura da exposição, de circunstâncias de exibição e de permeabilidade de fronteiras, no âmbito da pesquisa aplicada museológica, emprego o método de estudo de caso com coleta de dados qualitativa mesclando técnicas projetivas, observação documental e diário de campo. Os conceitos de Bakhtin: Grande Tempo, Auditório Social e Gêneros do Discurso ingressam na análise para detalhar esses atos discursivos que conectam passado, presente e futuro. Em uma abordagem que investiga acontecimentos enunciativos em vestígios visuais, diante de uma perspectiva intra e extramuros, no intuito de colaborar com o debate do museu enquanto instância relacional, apresento-o como uma fonte de passagem de elos na cadeia de comunicação discursiva e me proponho a identificar que aspectos monologizantes prejudicam compreensões ativas. Os resultados apontam que as conformações das relações entre o eu e o outro, formadas ao longo do processo de musealização, tecem distintos contornos segundo as diferentes percepções de mundo dos sujeitos envolvidos. Para fomentar compreensões ativas e afastar discursos monologizantes, é preciso um movimento contínuo de ampliação e exposição do processo de justaposição dessas camadas de interpretação para quem da exposição se aproxima. Questões de autoria e de fidedignidade das informações apresentam-se, ao final deste estudo, como desafios à gestão das instituições que pretenderem de fato estar abertas ao seu público do passado, do presente e do futuro.