Através daquilo que foi São Chico: navegando pelo diorama do centro histórico no Museu Nacional do Mar
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25110 |
Resumo: | No movimento do pensamento dialógico de Mikhail Bakhtin para a museologia e vice versa, me aproximo e me afasto da exposição museológica do Museu Nacional do Mar – Embarcações Brasileiras, intitulada Maquete do Centro Histórico de São Francisco do Sul. Nesse fazer metodológico descrevo e tensiono os gêneros de comunicação discursiva que permeiam tal exposição em uma instância relacional entre o eu e o outro, no âmbito da tecnologia e da cultura, importantes à Ciência, Tecnologia e Sociedade. Em um espaço temporal que contempla fases de feitura da exposição, de circunstâncias de exibição e de permeabilidade de fronteiras, no âmbito da pesquisa aplicada museológica, emprego o método de estudo de caso com coleta de dados qualitativa mesclando técnicas projetivas, observação documental e diário de campo. Os conceitos de Bakhtin: Grande Tempo, Auditório Social e Gêneros do Discurso ingressam na análise para detalhar esses atos discursivos que conectam passado, presente e futuro. Em uma abordagem que investiga acontecimentos enunciativos em vestígios visuais, diante de uma perspectiva intra e extramuros, no intuito de colaborar com o debate do museu enquanto instância relacional, apresento-o como uma fonte de passagem de elos na cadeia de comunicação discursiva e me proponho a identificar que aspectos monologizantes prejudicam compreensões ativas. Os resultados apontam que as conformações das relações entre o eu e o outro, formadas ao longo do processo de musealização, tecem distintos contornos segundo as diferentes percepções de mundo dos sujeitos envolvidos. Para fomentar compreensões ativas e afastar discursos monologizantes, é preciso um movimento contínuo de ampliação e exposição do processo de justaposição dessas camadas de interpretação para quem da exposição se aproxima. Questões de autoria e de fidedignidade das informações apresentam-se, ao final deste estudo, como desafios à gestão das instituições que pretenderem de fato estar abertas ao seu público do passado, do presente e do futuro. |