Estudo da viabilidade técnica para a utilização do rejeito passivo de carvão mineral, na confecção de blocos de concreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tokarski, Rosângela Basso lattes
Orientador(a): Matoski, Adalberto lattes
Banca de defesa: Catai, Rodrigo Eduardo lattes, Lima, Adauto José Miranda de lattes, Nagalli, André lattes, Marques Filho, Jose lattes, Kanning, Rodrigo Cezar lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30957
Resumo: A preservação do meio ambiente é uma prioridade para que se ofereça uma vida com dignidade para a humanidade e suas gerações futuras. A agressão causada pela retirada de minérios e produtos naturais para serem destinados a diversos fins de consumo é uma realidade. A indústria da construção civil contribui de várias formas com a degradação, e uma delas é a fabricação do cimento. A indústria da mineração de carvão também contribui com os depósitos de rejeitos no entorno das carboníferas. Porém atualmente, 38,5% da energia consumida no mundo vem do carvão mineral, cujas reservas existentes tem capacidade para suprir mais 190 anos no ritmo atual de extração e consumo. No Brasil as reservas de carvão mineral estão localizadas na região Sul. A extração do carvão descarta como rejeito em torno de 60% a 70% do total retirado da mina, 4,7 mil toneladas por ano ficam em forma de rejeitos, gerando assim um enorme passivo ambiental. O objetivo desta pesquisa é estudar a viabilidade técnica de produção de blocos de concreto substituindo parte do cimento pelo rejeito passivo de carvão mineral (RPCM) para ser utilizados na construção civil, diminuindo assim o passivo ambiental causado pelo rejeito e pela fabricação do cimento. A metodologia da pesquisa foi dividida em três fases, a fase 1 utilizou quatro tipos de cimentos: CP IV 32- RS, CP V-ARI, CP II-Z-32, CP II-F-32, testando a compatibilidade dos mesmos com o cimento em porcentagens de 5% e 10% de RPCM substituindo o cimento no traço do concreto, determinando assim o cimento a ser utilizado nas fases 2 e 3 da pesquisa. O cimento CP II-Z-32 foi o que apresentou a melhor compatibilidade com o rejeito. Na fase 2 da pesquisa foram usadas três porcentagens diferentes de RPCM, 10%, 20%, 30% de RPCM substituindo o cimento no traço do concreto, e o traço de referência, submetidos a tempos de cura diferentes, 28, 60, 90 e 365 dias. Após a cura foram submetidos a ensaios físicos, mecânicos, análise química por FRX, análise mineralógica por DRX, análise da microestrutura do concreto pelo MEV, testes de lixiviação e solubilização. Ensaios de durabilidade: análise de envelhecimento acelerado na câmara de climatização, câmara de carbonatação e ataque interno por sulfatos. Os resultados indicaram que substituir 30% do cimento por rejeito passivo de carvão mineral no concreto para moldagem dos blocos atende as especificações da norma. Na fase 3 foram moldados os blocos, cuja caracterização resultou em blocos com 30% de rejeito passivo de carvão mineral com resistência a compressão de 5,61 MPa, permitido para blocos estruturais em edificações de até 5 pavimentos.