Poemas e a construção de sentidos: uma análise dos discursos digitais nativos no Instagram
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27931 |
Resumo: | O presente estudo trata da descrição dos processos de construção dos sentidos do gênero poesia nas interações em ambientes digitais. Nesses limites, buscamos, mais particularmente, destacar correlações intertextuais entre os comentários de seguidores e as publicações de poetas no Instagram. Para dar suporte à análise, o trabalho foi embasado, principalmente, em conceitos e formas de abordagem do texto/discurso pela teoria dos discursos digitais nativos em Paveau (2014; 2021) e pela análise textual do discurso em Adam (2011; 2019). Como metodologia, optamos por uma abordagem de caráter descritivo e interpretativo com vistas à observação das principais características dos discursos digitais nativos em um corpus selecionado de poemas, publicados na rede social Instagram. No corpus, exploramos a emergência da modalidade argumentativa patêmica (AMOSSY, 2018) e as emoções (PLANTIN, 2010) na (re)construção de sentidos que ocorrem nos comentários dessas publicações e identificamos como os perfis dos poetas são construídos nessa rede social em função das ferramentas disponíveis na arquitetura dessa mídia. Este estudo justificou-se pela sua importância histórica como registro das interações que ocorrem nos perfis dos poetas do Instagram, uma mídia gratuita e uma das redes sociais mais acessadas no mundo, considerando os seus aspectos tecnodiscursivos que envolvem o sentimento humano (emoção), a linguagem, a tecnologia e o universo líquido dessas publicações nesse ambiente digital. Sendo assim, observamos que o processo de produção do poema/poesia no ambiente do Instagram está pautado no seio de um ecossistema digital conectado em redes que se ampliam por meio de interações em distintos blocos tecnodiscursivos, como é o caso dos comentários conversacionais que prolongam verbalmente o gênero primeiro. Nesse contexto, identificamos que, a partir de um texto híbrido e multissemiótico (verbal, visual, gestual, sonoro e digital) produzido por ferramentas multimídias nativas da internet (tecnografismo), o sujeito do discurso (poeta) projeta um efeito argumentativo no interlocutor (mimese/pathos/emoção), com vistas a induzir a interatividade na mídia por meio dos tecnosignos (elementos icônicos não verbais clicáveis com uma função de discurso semântico como curtir, comentar, salvar, compartilhar, etc.). Essa interatividade pode, então, ser mensurada e gerida pelo algoritmo da máquina, dentro da perspectiva dos valores que circulam nesse meio: a influência para o consumo de ideias, produtos e serviços. |