Competição de espécies daninhas com a cultura da soja: determinação do nível de dano e de parâmetros fisiológicos e bioquímicos associados
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29060 |
Resumo: | A competição é considerada a principal forma de interferência de plantas daninhas com espécies cultivadas e, anualmente, provoca elevados prejuízos à agricultura mundial. Ela representa uma forma de estresse misto que acarreta grandes perdas de rendimento para as culturas. As respostas da matocompetição sobre parâmetros morfológicos e de produtividade das plantas já são bem explorados na literatura, entretanto, ainda são poucas as informações do seu impacto sobre variáveis metabólicas de espécies amplamente cultivadas. Isso justifica a relevância de estudos mais aprofundados sobre esse tema. Para tanto, o objetivo desse trabalho foi determinar o efeito causado pela interferência de diferentes densidades de quatro espécies daninhas sobre parâmetros bioquímicos, fisiológicos e produtivos da cultura da soja. Foram realizados dois experimentos a campo, em locais distintos, durante a safra 2020/2021. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial, tendo como primeiro fator as espécies de plantas daninhas (Euphorbia heterophylla, Ipomoea grandifolia e Urochloa plantaginea) e o segundo fator, as densidades de plantas daninhas (0, 3, 6, 12 e 24 plantas por m2), em unidades experimentais de 3,0 x 3,0 m. Foi utilizada a cultivar 95Y92, em uma densidade de 300 mil sementes por hectare. Em R5 foram avaliadas a altura de plantas (AP), área foliar (AF), matéria seca de folhas e de caules (MSF e MSC, respectivamente) em 10 plantas por parcela, e também quantificado o teor de clorofila (Índice Falker) e as trocas gasosas. Foi realizada coleta de material vegetal para análise de prolina, atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e peroxidase, peroxidação lipídica e extravasamento de solutos, além da análise nutricional. Quando as plantas atingiram a maturação, foram coletadas 10 plantas por parcela para a determinação dos componentes do rendimento e realizada a colheita das plantas na área útil da parcela para a quantificação da produtividade. As plantas de soja em competição com I. grandifolia, E. heterophylla e U. plantaginea em densidades crescentes são afetadas negativamente, com perdas em caracteres morfológicos e fisiológicos que se ajustam ao modelo da hipérbole retangular. As variáveis de AF, MSF, MSC e A são as que melhor explicam os efeitos do processo competitivo. Assim como, integridade de membranas, peroxidação lipídica e enzimas de estresse oxidativo são as que melhor descrevem as tentativas de defesa metabólica das plantas de soja. O processo competitivo se desenvolveu de maneira distinta, conforme a espécie de planta daninha estudada. Os resultados indicam que o fator determinante da competição com I. grandifolia é a redução da interceptação da radiação solar. Maiores perdas de rendimento da soja ocorreram na presença de I. grandifolia, seguida de U. plantaginea e E. heterophylla. O NCD, na média dos dois locais, foi de 54% para I. grandifolia, 29% para U. plantaginea e 26% para E. heterophylla. O número de vagens por planta foi o componente de rendimento da soja mais afetado pala competição com as plantas daninhas, estando ele correlacionado com a perda de produtividade. Nitrogênio foi o elemento que apresentou menores níveis no tecido foliar da soja, independente da planta daninha em competição. |