Artemisia annua L.: produção de biomassa, artemisinina, rendimento e composição de óleo essencial influenciados por diferentes eliciadores e níveis de adubação NPK
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/289 |
Resumo: | Artemisia annua L. é uma planta herbácea, anual, originária da China e aclimatada ao Brasil, que produz artemisinina, uma lactona sesquiterpênica utilizada no tratamento da malária. A espécie é a única fonte economicamente viável dessa molécula. Também, é uma espécie altamente aromática e produz grande quantidade de óleo essencial, rico em terpenos. Este trabalho tem como objetivo determinar a influência de moléculas eliciadoras e de níveis de adubação NPK na produção de biomassa, artemisinina e composição do óleo essencial na variedade Artemis de A. annua, produzida em campo na cidade de Pato Branco-PR. Um experimento com adubação foi conduzido em campo durante os anos de 2008 e 2009, onde plantas de A. annua foram submetidas a níveis crescentes de adubação química NPK em um solo de média fertilidade. A partir da dose padrão de adubação (N: 160 kg ha-1; P2O5: 175 Kg ha-1; K2O: 90 Kg ha-1) foram definidos os tratamentos meia dose, uma dose e duas doses, além do tratamento controle, nas formulações Uréia, Super Fosfato Simples e Cloreto de Potássio. Outro experimento com eliciação foi conduzido, onde plantas de A. annua foram submetidas a eliciação com acibenzolar-S-metílico e dois produtos a base de proteína harpina, por meio de três pulverizações semanais, desde o início do período de indução floral até uma semana antes da colheita. Em ambos os experimentos, o material foi seco e separado, a quantificação de artemisinina foi realizada por cromatografia em camada delegada com detecção por densitometria. O perfil químico do óleo foi determinado por cromatografia a gás. No experimento com adubação as massas secas de caule, parte aérea e relação folha caule tiveram ajuste para equação linear, com os melhores resultados para o tratamento duas vezes a dose: 10,43 t ha-1, 14,21 t ha-1, respectivamente para massas secas de caule e parte aérea, e maior relação folha/caule (0,4) para tratamento testemunha. A variável massa seca de folhas obteve ajuste para equação de segundo grau, com máxima eficiência técnica em 1,57 doses e rendimento estimado de 3,87 t ha-1. A influência das doses de adubação NPK sobre teor de artemisinina (média 5,98 kg t-1) e produtividade de artemisinina (média 19,45 kg ha-1) não apresentou ajustes significativos para reta. Foram identificados 28 componentes no perfil químico óleo essencial que compreendem 94,96% do óleo essencial. As substâncias majoritárias foram cânfora (44,75%), 1,8 cineol (7,90%), γ-muuroleno (6,75%), trans-β-farneseno (6,51%) e mirceno (5,74%). Sete componentes do óleo essencial apresentaram variação em função dos níveis de adubação NPK: p-cimeno, canfeno, trans-β-terpineol, α-pineno, viridifloreno, acetato de mirtenila e β-pineno. O conteúdo relativo desses componentes variou de 0,53 a 2,23%, representando aproximadamente 8% do perfil do óleo essencial. A classe predominante foi monoterpenos (72%). No experimento com eliciação, os eliciadores acibenzolar-S-metílico e proteína harpina não resultaram em alterações significativas nas biomassas de folhas, caule, parte aérea e na relação folha/caule de A. annua; como também não apresentaram diferenças nos teores e rendimento de artemisinina e óleo essencial, No perfil químico foram identificados 31 componentes, que compreendem 91,5% do óleo essencial. Os tratamentos com os eliciadores acibenzilar-S-metílico e harpina não resultaram em diferenças significativas para nenhuma das substâncias identificadas e quantificadas. Os componentes majoritários foram cânfora (43,38%), 1,8 cineol (9,28%), mirceno (7,69%) γ-muuroleno (5,00%), canfeno (4,54%) e trans-β-farneseno (3,98%). Os monoterpenos foram a classe predominante no óleo essencial (79,8%). |