Artemisia annua L.: produção de biomassa, artemisinina, rendimento e composição de óleo essencial em função de diferentes variedades e densidades de plantio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Capelin, Diogo
Orientador(a): Marchese, José Abramo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/283
Resumo: Artemisia annua L. é uma planta herbácea nativa da Ásia, muito utilizada como fonte de óleo essencial e artemisinina, uma lactona sesquiterpenica utilizada como princípio ativo antimalárico. Devido à grande demanda por esta molécula a busca pela melhoria da produção de A. annua é intensa. O objetivo deste estudo foi identificar a densidade de cultivo adequada para o maior rendimento de biomassa, artemisinina e óleo essencial, e a composição deste, além de comparar o desempenho produtivo de três variedades de A. annua para o cultivo na região Sudoeste do Paraná. Para isso, um experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram utilizadas três diferentes variedades de A. annua: Artemis F2, Artemis F1 e (2/39 x 5)x3M. Um segundo experimento foi conduzido com a variedade Artemis F2 em delineamento de blocos ao acaso, com três repetições. Os tratamentos utilizados foram: T1: 16.666 plantas ha-1, T2: 55.555 plantas ha-1, T3: 94.444 plantas ha-1 e T4: 133.333 plantas ha-1. Em pleno florescimento, o material vegetal dos dois experimentos foi colhido (aproximadamente 159 dias após o transplante) e seco até peso constante em estufa com circulação de ar a 35 ºC. A quantificação de artemisinina foi realizada por cromatografia em camada delgada com detecção por densitometria. A separação e quantificação das substâncias presentes no óleo essencial foram realizadas em cromatógrafo gasoso com detector de ionização de chama e, a identificação das mesmas foi feita em cromatógrafo a gás acoplado a espectrômetro de massas. Os resultados foram submetidos à análise da variância e ao teste de Tukey a 5% de probabilidade do erro para as variáveis qualitativas e a regressão do quadro da análise da variância para os tratamentos quantitativos. Todas as variedades testadas apresentaram elevada produção de massa seca de parte aérea, massa seca de folhas, produção de artemisinina e óleo essencial por área não diferindo estatisticamente ente si. As variedades Artemis F2 e Artemis F1 apresentaram maior relação folha/caule entre as variedades testadas. As variedades Artemis F1 e (2/39 x 5)x3M apresentaram maior teor de óleo essencial na matéria seca de folhas sendo mais recomendadas para o cultivo na região Sudoeste do Paraná, para fins de produção de óleo essencial. Os principais constituintes encontrados no óleo essencial das três cultivares foram a cânfora (39,69%), 1,8 cineol (12,66%), mirceno (9,29%), γ-muuroleno (4,95%), trans-b-farneseno (4,02%), que juntos somam em média 70,61% do óleo essencial das variedades testadas. Alterações na densidade de plantio não tiveram influência significativa sobre os constituintes majoritários do óleo essencial de A. annua variedade Artemis F2. Para as diferentes densidades as maiores produções de biomassa de folhas, artemisinina, teor de artemisinina na massa seca de folhas e óleo essencial foram obtidas nas densidades de 93.966 plantas ha-1, 80.0,71 plantas ha-1, 81.969 plantas ha-1 e 91.272 plantas ha-1 respectivamente. O teor de óleo essencial na massa seca de folhas não foi alterado pela densidade de plantio. A alteração na densidade de plantio influenciou na produção de canfeno, α-copaeno, acetato de mirtenila, γ- terpineno. Em todas as densidades de plantio a cânfora foi o constituinte majoritário com níveis superiores a 39% indicando que A. annua é uma fonte alternativa para a produção desta substância. Os monoterpenos foram a classe de compostos mais abundantes no óleo essencial de A. annua com 59,03% da constituição química e 33,91% pertence à classe dos sesquiterpenos.