Produção e caracterização de nanopartículas de betacaroteno e análise in vitro da modulação da atividade enzimática em moscas da espécie Drosophila melanogaster

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rocha, Felipe lattes
Orientador(a): Gonçalves, Odinei Hess lattes
Banca de defesa: Ineu, Rafael Porto, Gozzo, Angela Maria, Marques, Leila Larisa Medeiros, Rocha, Bruno Ambrósio da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campo Mourao
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3949
Resumo: O betacaroteno é um carotenoide precursor da vitamina A, conhecido pela sua atividade biológica como, por exemplo, suas propriedades antioxidantes que auxiliam na redução do estresse oxidativo celular. Como o betacaroteno é altamente hidrofóbico, a sua transformação em nanopartículas, processo também chamado de nanonização, pode ser uma alternativa promissora para aumentar sua solubilidade em água e, portanto, sua atividade em meio aquoso. O objetivo do presente trabalho foi produzir nanopartículas de betacaroteno pela técnica de dispersão sólida, caracterizá-las e avaliar sua atividade biológica. Foi avaliada a influência sobre as enzimas glutationa-S-transferase (GST), relacionadas ao estresse oxidativo, e acetilcolinesterase (AChE), relacionada a doenças como Alzheimer e funções cognitivas. Como fonte das enzimas foi utilizado tecido de moscas da espécie Drosophila melanogaster nos ensaios in vitro. As técnicas de Microscopia Eletrônica de Transmissão e Espalhamento Dinâmico de Luz foram aplicadas para analisar a morfologia das nanopartículas, enquanto a Calorimetria Diferencial de Varredura foi realizada para avaliar o comportamento térmico do betacaroteno na forma convencional e nanoparticulada. Utilizou-se a difração de raios-X para analisar a cristalinidade dos compostos e a Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier foi utilizada para avaliar a interação entre os compostos nas nanopartículas. Os resultados mostraram a formação de cristais nanométricos de betacaroteno com estabilidade coloidal em água e que não ocorreram interações químicas entre o betacaroteno e a poli(vinil pirrolidona). Ainda foi possível observar que o processo de nanonização não afetou a estrutura cristalina do betacaroteno. Nos ensaios enzimáticos in vitro, as nanopartículas modularam significativamente a atividade biológica da enzima GST, causando um aumento da atividade enzimática em baixas concentrações e diminuição da atividade da enzima para concentrações maiores. Além disso, foi observada uma diminuição da atividade da enzima AChE em meio aquoso em concentrações bem menores quando comparadas com o betacaroteno em água.