Avaliação da composição química, biológica e sensorial das folhas da Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Marcon, Caroline Toigo lattes
Orientador(a): Canan, Cristiane lattes
Banca de defesa: Canan, Cristiane lattes, Corso, Marinês Paula lattes, Fiorese, Mônica Lady lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30829
Resumo: A Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn é uma planta alimentícia não convencional (PANC) que se desenvolve em ambientes naturais, sem a derrubada de novas áreas para plantio e insumos, consumida em algumas regiões do Brasil, porém pouco explorada. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e mineral da Talinum paniculatum e a partir das folhas, obter extratos e avaliar a sua atividade antimicrobiana e antioxidante e seu potencial de consumo tanto in natura quanto em preparados. O teor de proteínas, cinzas, lipídios e umidade foram determinados segundo a Association of Official Analytical Chemists e o teor decarboidratos por diferença, enquanto o perfil de minerais foi determinado por ICPOES. Os extratos aquoso e hidroalcóolico foram utilizados para avaliar a atividade antimicrobiana pelo método colorimétrico por micro diluição e a atividade antioxidante pelos métodos ABTS, DPPH, FRAP, fenólicos totais e flavonoides. Com as folhas foram elaborados três pratos (creme de maionese, omelete e salada) que foram avaliados sensorialmente por 124 provadores. A T. paniculatum apresentou composição centesimal semelhante às plantas da família Talinaceae e Portulacaceae. Quanto ao teor de minerais destacou-se o elevado teor K, Mg, e Ca seguidos do Na e Fe. Quanto a atividade antimicrobiana observou-se que para as concentrações testadas, o extrato hidroalcoólico foi mais eficiente e que as Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM) para este extrato permaneceram entre>55,6 e 0,86 mg mL-1 nas bactérias testadas. O extrato aquoso não apresentou atividade bactericida para os microrganismos testados. Em contrapartida, o extrato aquoso apresentou maior potencial antioxidante pelo método DPPH, FRAP e fenólicos totais sendo 7755,31 mg de Trolox 100 g-1, 1,576 mg de Trolox 100 g-1 e17135,33 mg de equivalentes de ácido gálico (EAG) 100 g-1, enquanto o extrato hidroalcoólico foi de 4108,33 mg de Trolox 100 g-1, 0,977 mg de Trolox 100 g-1 e9646,69 mg EAG 100 g-1, respectivamente. O extrato hidroalcoólico apresentou melhor resultado pelo método ABTS e para a determinação do teor flavonoides,2097,28 84 mg de Trolox 100 g-1 e 2300,64 mg de quercetina (QE) 100 g-1, comparado a 1544,52 mg de Trolox 100 g-1 e 157,42 mg QE 100 g-1 para o extrato aquoso. Os pratos elaborados tiveram boa aceitabilidade sensorial, destacando-se a omelete que teve índice de aceitabilidade acima de 80% em todos os atributos avaliados, além de altamente nutritivos. A realização deste estudo permitiu apresentar resultados inovadores em relação às propriedades biológicas de uma planta pouco estudada.