Ações de educação ambiental pela comunidade indígena Tape Jere Guarani, município de Santa Helena, oeste do Paraná
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Santa Helena |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais e Sustentabilidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27781 |
Resumo: | O cuidado com o meio ambiente é um tema muito debatido em setores que envolvem o contexto econômico, social, cultural, educacional, ambiental visto que a produção e o consumo de produtos industrializados ocorrem de forma mais acelerada pela humanidade, provocando o acúmulo de resíduos, além das grandes construções tomando o lugar de florestas, animais e até pessoas. Par e passo ao progresso, problemas ambientais, culturais, sociais, econômicos afetam as sociedades demaneira diversa. A comunidade Tape Jere Guarani é uma das comunidades atingidas pelo alagamento após a construção da usina Hidrelétrica de Itaipu em Foz do Iguaçu/Paraná, a qual prometia grandes avanços econômicos com aumento na geração de energia. Este evento fez com que muitas famílias perdessem suas moradias, animais e tudo o que haviam conquistado incluindo nesse contingente muitos indígenas que ficaram desabrigados, tendo suas casas queimadas, perdendo suas terras, casas e bens que possuíam, cuja indenização até hoje não ocorreu. A comunidade Tape Jere Guarani localiza-se na Curva do Ogregon, município de Santa Helena, oeste do Paraná, em meio a mata de reserva cuja propriedade é da Itaipu Binacional. Habitam esse local a quatro anos, onde o cacique relata as dificuldades vivenciadas para a construção de suas casas (feitas de lonas e tábuas) e a trajetória da vinda de sua família. Vivem de recursos advindos de auxílios da prefeitura e órgãos governamentais, que fornecem cestas básicas para a alimentação da comunidade que é constituída basicamente de alimentos não perecíveis, tais como arroz, feijão, açúcar, macarrão, óleo de soja e leite, todos de origem industrializada. Com isso, a produção de lixo na comunidade se tornou ainda maior, cujos resíduos eram queimados. Objetivamos analisar a concepção de Educação Ambiental apresentado pela comunidade Tape Jere Guarani. Busca-se saber quais são os fatores que interferem na construção desses conceitos, identificando concordâncias e discordâncias entre os conceitos formados pela comunidade e pelos autores não indígenas. Para isso, utilizamos a estratégia metodológica denominada pesquisa-ação, com a realização de 13 encontros formativos, com temas sobre meio ambiente e Educação Ambiental, levantamento de dados sobre a comunidade e por fim sobre a questão do lixo, que foi um dos aspectos que emergiu nos encontros formativos. A técnica utilizada é grupo focal. Ao final dos encontros formativos foi possível a compreensão do conceito de Meio Ambiente e também de Educação Ambiental (EA) destacado pela comunidade, onde os mesmos conceituam que a EA é o estudo do meio ambiente, sendo o “meio ambiente tudo”, ou seja, plantas, animais, os astros, englobando as suas casas e eles mesmos. Conclui-se que os mesmos entendem o meio ambiente e a EA regido pelo princípio da interdependência, em que todos os membros estão interligados numa vasta e intrincada teia de relações, “a teia da vida”. Sobre o direcionamento do lixo todos continuaram a realização do trabalho iniciado, evidenciando a diminuição de resíduos sólidos jogados no solo da comunidade, e da quantidade de fogueiras. |