Capacidade de carga, sintomas musculoesqueléticos e classificações posturais na atividade de costureiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pizyblski, Elisandra Montes lattes
Orientador(a): Xavier, Antonio Augusto de Paula lattes
Banca de defesa: Maia, Ivana Márcia Oliveira, Michaloski, Ariel Orlei, Frasson, Antonio Carlos, Xavier, Antonio Augusto de Paula
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2394
Resumo: O objetivo deste estudo foi encontrar correlação entre as posturas adotadas e os respectivos riscos posturais, a dor e/ou sintomas musculoesqueléticos e a capacidade de carga em costureiras de indústrias de confecção de vestuário da cidade de Ponta Grossa, Paraná. A amostra foi composta por costureiras do gênero feminino. O problema que se avista para a presente pesquisa centra-se: De que maneira, as posturas e a força de preensão manual aplicadas e utilizadas no trabalho, afetam a sintomatologia da dor e os sintomas musculoesqueléticos, em trabalhadoras de indústrias de confecção? O referencial teórico pautou-se em: indústria têxtil, características da indústria de confecção de vestuário, ergonomia, postura, efeitos causados ao trabalhador na postura sentada, coluna vertebral e a postura sentada, avaliação ergonômica, métodos de avaliação de análise postural, avaliação dos sintomas musculoesqueléticos e sua localização e avaliação da capacidade de carga. Quanto à abordagem metodológica, a pesquisa classifica-se como quali-quantitativa, descritiva e de levantamento. A pesquisa foi desenvolvida em cinco empresas do ramo de confecção do vestuário, totalizando 57 costureiras. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram questionários, entrevistas, o método REBA (Rapid Entire Body Assessment) para avaliação das posturas, o Diagrama de Corlett e Manenica para a localização da dor nos segmentos corporais e intensidade e dinamômetro para medir a força de preensão manual. A pontuação média no método REBA da amostra foi de 4,75 (± 0,46). A maioria das costureiras (80,70%) respondeu que possui dor em algum segmento corporal, ou em membros superiores ou inferiores, e apenas 19,30% da amostra disse não sentir desconforto. Os segmentos corporais que as costureiras da amostra não apresentaram dor foram: a bacia, o braço esquerdo, o antebraço direito e o punho direito. Com relação aos membros superiores, o que apresentou maior relato de dor foi a região lombar, com 40,35%. A segunda região de maior dor é a cervical, com 36,84%, seguido da região da costa média com 24,56%. A quarta região foi o pescoço, com 22,80% e a quinta foi a costa superior, com 17,54%. Com relação aos membros inferiores, a maior queixa de dores foi nas pernas, com 56,14%, contra apenas 5,26% nas coxas. A média da capacidade de carga das costureiras, medida através da força de preensão manual foi de 24,7 quilos (± 5,81). Os resultados das correlações entre as três variáveis: postura, dor e capacidade de carga apresentaram correlação fraca ou ausente, pois a correlação entre postura e dor foi ausente, e as correlações entre postura e dor e entre dor e capacidade de carga foram de r: 0.017. Acompanhando o trabalho das costureiras, foi possível identificar que as principais posturas adotadas ao longo da jornada laboral podem contribuir para o desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas.