Eventos extremos de precipitação em Londrina (PR): uma análise multidisciplinar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Leite, Luiza Teodoro lattes
Orientador(a): Martins, Jorge Alberto lattes
Banca de defesa: Morais, Marcos Vinicius Bueno De lattes, Hallak, Ricardo lattes, Ramires, Thiago Gentil lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30063
Resumo: A possibilidade de aumento na ocorrência de eventos extremos de precipitação tem preocupado cientistas e gestores em todo mundo. A adaptação e a mitigação dos impactos inerentes a esses extremos passam pela rigorosa análise estatística da intensidade e frequência de suas ocorrências. Neste contexto, a presente pesquisa buscou identificar tendências para eventos extremos de precipitação nas proximidades do Ribeirão Cambé, na cidade de Londrina Paraná. Há uma única estação pluviométrica disponível na região da bacia, a qual apresentou 41 anos de dados completos sem falhas. O maior valor dentre os totais anuais de precipitação ocorreu no ano de 2015 (2449 mm). O mês com maior valor de média de precipitação diária foi em janeiro (58,05 mm), enquanto o mês com a menor média foi agosto (21,35 mm). Os três maiores valores de outliers foram observados em janeiro de 2016 com uma precipitação diária de 223,6 mm, em junho de 2012 (200,5 mm) e em junho de 1997 (161,0 mm). Para a análise de tendência anual foram aplicados os testes de Mann Kendall e Pettitt. Observou se decréscimo para todos os índices utilizados que analisaram extremos de precipitação, a um nível de significância de 95%. No que se refere às análises de tendências de precipitações mensais, poucos índices apresentaram tendências significativas estatisticamente. Para a análise da GEV, foi verificado que se espera que ocorra uma vez a cada 20 anos um dia em que a precipitação seja de 200 mm a um nível de significância de 95%. A equação Intensidade Duração e Frequência – IDF, foi criada a partir da distribuição de máximo de Gumbel e o Método de Desagregação da CETESB (1986). O coeficiente de determinação (R²), obtido pela relação entre as intensidades de precipitação observadas e estimadas pela equação IDF, foi de 0,9981, permitindo sua utilização em localidades onde não há disponibilidade de registros pluviógrafos. Diversos estudos indicam aumento na precipitação extrema em todo território nacional. Diante deste cenário e considerando a ausência de planejamento do uso e ocupação do solo, é esperado que eventos extremos de precipitação causem sérios danos ao ambiente urbano, como alagamentos mais intensos e frequentes, além dos riscos sociais, ambientais e econômicos. Por fim, são indispensáveis a prevenção e o controle de impactos de eventos de precipitação extrema a partir dos sistemas de infraestrutura hídrica.