Do outro lado da câmera: o homem simbólico no processo fotográfico de Luiz Franceschi
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28960 |
Resumo: | Desde a Antiguidade que, por onde os seres humanos têm passado, têm deixado vestígios e registros de sua existência em forma de imagens. Com o passar do tempo, o modo como esses registros são feitos evoluiu junto à tecnologia vigente em cada época. No entanto, a vontade humana de fazê-los permaneceu a mesma. Dentro de tal perspectiva, a proposta desta pesquisa é refletir sobre o porquê de os seres humanos, desde sempre, terem a volição de registrar o mundo através de imagens, tendo como contexto o início do século XX e a atuação do fotógrafo Luiz Franceschi, numa perspectiva em que o fotógrafo representa o sujeito que, por algum motivo, anseia registrar o mundo a sua volta e a fotografia é o produto simbólico resultante desse processo. Segundo Kossoy, toda fotografia tem a sua origem a partir do desejo de um indivíduo que, em algum momento e por alguma razão, em algum lugar ou época, viu-se motivado a registrar um aspecto dado do real. Para resolver essas questões, articula uma análise a partir dos teóricos Morin, Cassirer, Debray e Mitcham. Em Morin, encontra a base teórica para enunciar o nascimento de uma nova consciência no Homo sapiens. O desejo de continuar no mundo fez surgir essa nova consciência subjetiva que abre o acesso ao pensamento sobre coisas fictícias, permitindo produzir produtos simbólicos, através dos quais perpetua a sua existência e renega o esquecimento causado pela passagem do tempo. Já Cassirer traz a base teórica para pensar as questões no que se refere ao ser humano e o sistema simbólico, através do qual acessam e interpretam o mundo ao seu redor, onde a arte, a religião, e a ciência, por exemplo, fazem parte. A partir dos pressupostos de Debray, analisa-se o papel da imagem, a sua evolução e os seus efeitos nas diversas sociedades, desde a Antiguidade até a era presente, onde entende-se que a imagem é aquilo que sobrevive do passado e é o que faz a ponte entre o ausente e o presente, o que permite a perpetuação da memória e o retorno daquilo que foi através da (re)lembrança que a imagem e/ou a fotografia proporciona, dando aos seres mortais uma possibilidade de continuar no mundo através delas. Por fim, as análises desses três teóricos juntam-se para pensar a manifestação da tecnologia no exercício do fotógrafo a partir das quatro manifestações da tecnologia trazida por Carl Mitcham que é tecnologia como objeto, como conhecimento, como atividade e como volição. |