Aspectos de uma estética da negação na poesia de Camilo Pessanha
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4247 |
Resumo: | O propósito deste trabalho é apresentar o que chamamos de estética da negação como uma via de leitura para obra poética do escritor português Camilo Pessanha. Em um primeiro momento, iremos discutir o conceito de negação em diferentes esferas (psicológica, discursiva e filosófica), vindo a construir essa investigação no terreno da negação enquanto cosmovisão filosófica. Em um segundo momento, voltaremos nossa atenção para questões centrais que norteiam e embasam a obra de Pessanha no terreno decadentista/simbolista: Como estar no mundo? Como posicionar-se frente à variedade do mundo? Como estar na linguagem? Com que linguagem estar na linguagem? Nesse sentido, almejamos responder a essas perguntas a partir de reflexões sobre a poesia de Camilo Pessanha, pondo em evidência o decadentismo fin de siècle. Ainda no tocante à negação, traçaremos uma análise sobre os poemas Paisagens de inverno (I e II) numa tentativa de aproximar o conceito de paisagem, aplicado por Fernando Pessoa em sua obra poética, como reflexo do ambiente negativo/melancólico inerente aos dois poemas supracitados. Caminhando para o cerne da problemática da negação, analisaremos os poemas “Inscrição” e “Poema final”, estando essa análise ancorada nas perspectivas filosóficas de Martin Heidegger em Ser e tempo (1927), Jean-Paul Sartre em O ser e o Nada (1943) e Arthur Schopenhauer em O mundo como vontade e representação (1819). A partir das ponderações dos críticos literários concernentes ao sentido da negação presente na poesia finissecular, iremos estudar a rejeição do mundo e da existência do pensamento como manifestações do nada na poética de Camilo Pessanha. |