Tempo de resposta em serviço médico de emergência no contexto de cidades inteligentes e sustentáveis: o caso do SAMU sudoeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Colla, Marcos lattes
Orientador(a): Santos, Gilson Ditzel lattes
Banca de defesa: Setti, Dalmarino lattes, Lima, Edson Pinheiro de lattes, Loures, Eduardo de Freitas Rocha lattes, Santos, Gilson Ditzel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5059
Resumo: O crescimento da população impele cada vez mais pessoas à vida em espaços urbanos e impõe aos gestores das cidades o desafio de administrar interesses econômicos, sociais e ambientais com uso da tecnologia da informação e comunicação para otimizar os processos de tomada de decisão com o propósito de ofertar serviços capazes de proporcionar segurança e qualidade de vida aos cidadãos. A partir desse contexto e tendo como pano de fundo o gerenciamento de operações de serviços, desenvolveu-se este trabalho com o propósito de identificar o tempo de resposta, definido como o intervalo entre o recebimento de um chamado de emergência até a chegada de um veículo com uma equipe na cena de ocorrência, de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU responsável pelo atendimento pré-hospitalar a uma população de aproximadamente 635.000 habitantes de 42 pequenas cidades na região Sudoeste do Estado do Paraná. Com o uso de regressão quantílica buscou-se identificar fatores associados ao tempo de reposta para contextualizá-los sob a ótica das dimensões das cidades inteligentes e sustentáveis com o objetivo de contribuir para a melhoria do indicador de desempenho estudado. Foram selecionados 12.050 registros de despachos de ambulâncias ocorridos no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2018 que atenderam a casos de afogamentos, clínicos, obstétricos, pediátricos, psiquiátricos e de trauma classificados como prioridade alta moderada e baixa. A média do tempo de resposta foi de 14min25seg, enquanto a mediana foi de 11 minutos e a moda de 9 minutos, tempos considerados intermediários quando comparados aos casos da literatura. O modelo de regressão dos mínimos quadrados ordinários não se mostrou adequado e o uso do modelo de regressão quantílica conseguiu explicar o comportamento das variáveis independentes sobre a variável dependente ao longo dos quantis, mesmo com discreta perda de capacidade a partir do quantil 50%, evidenciando que outras variáveis não incluídas no modelo podem exercer influência sobre o tempo de resposta. Variáveis em nível de sistema exerceram maior impacto sobre o tempo de resposta, sendo possível associar essas variáveis às dimensões governança inteligente e mobilidade inteligente relativas aos conceitos de cidades inteligentes e sustentáveis. As possíveis soluções para otimizar os processos e melhorar o tempo de reposta do serviço médico de emergência envolvem a interoperabilidade dos serviços com os demais serviços de segurança pública por meio de um centro de operações e, acima de tudo, a realização de investimentos em tecnologia da comunicação e informação além da aquisição de tecnologias contemporâneas para monitoramento via satélite da frota de veículos. Futuras pesquisas poderão explorar estudos de simulação para avaliar redistribuição de bases de operações e veículos do serviço médico de emergência.