O silêncio como alternativa: Hilda Hilst e o mal-estar da modernidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Andréa de lattes
Orientador(a): Almeida, Rogério Caetano de lattes
Banca de defesa: Sales, Cristiano de lattes, Almeida, Rogério Caetano de lattes, Stroparo, Sandra Mara lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5093
Resumo: O trabalho a seguir tem por objetivo discutir diferentes possibilidades de significação abertas pelo silêncio em alguns dos poemas de Hilda Hilst. Tendo elegido, para tanto, poemas que consideramos mais emblemáticos dos livros Roteiro do Silêncio (1959) e Cantares do Sem Nome e de Partidas (1995). A modernidade parece ter encerrado no homem um sentimento irreconciliável consigo mesmo e com o mundo. Portanto, pensar o silêncio como maneira de lidar com o mal-estar proveniente dessa era, assim como de possibilidade de significação de si e do mundo parece ser o aspecto que mais reverbera na linguagem artística desde a modernidade, sendo, portanto, a constante que permeia o estudo aqui apresentado. Não obstante, a relação de significação estabelecida pela concomitância de vozes do eu e do outro através dos movimentos de sentido abertos pelo silêncio também será conceito-chave neste estudo. Para tanto, a leitura a ser estabelecida será baseada nas concepções desenvolvidas, principalmente, por Freud para pensar o mal-estar; Compagnon como maneira de ressaltar aspectos norteadores da modernidade; e, finalmente, Merleau-Ponty e Blanchot para discutir o silêncio como construção de linguagem.