Intersecções entre a estética da recepção e o romance policial brasileiro contemporâneo: a elegia do menor pela recepção estética
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4019 |
Resumo: | Este trabalho busca aproximar a Estética da Recepção com a Literatura Policial brasileira contemporânea, de modo a constituir uma análise em interstício, observando campos argumentativos da teoria como sustentação às probabilidades narrativas do gênero literário. Como princípio para o estudo no que concerne à Escola de Constança, serão utilizadas prerrogativas básicas dos estudos de Jauss (1967; 1979), Stierle (1979) e Lima (1979; 2006). A partir de Jauss serão observadas algumas características essenciais da teoria, como as considerações sobre o horizonte histórico e o horizonte de expectativas do leitor e da sociedade em um constructo macro; os estudos de Stierle serão suporte para reflexões focalizadas na relação do leitor com a recepção de textos abstratos e nas reflexões acerca de questões formais da narrativa; Lima será base para um pensamento crítico sobre a própria teoria da recepção. Ademais, serão empregadas reflexões posteriores à Estética da Recepção para uma observação mais ampla sobre o assunto tanto nas suas prerrogativas quanto no seu desenvolvimento, alcançando estudos que se constituíram e se destacaram utilizando conjecturas da Escola de Constança e, a partir disso, sugeriram novas reflexões e teorizaram acerca não apenas da recepção, como também sobre outras possibilidades. Esta parcela do estudo se apoiará em autores como Eco (1994); Eagleton (2006); Rocha (2003) e Frye (2017). Nesses teóricos, serão buscadas algumas considerações que possam ser úteis em diferentes momentos na argumentação no que concerne à recepção. A teoria da recepção e os pensamentos a ela posteriores serão cruciais para subsidiar uma arguição sobre a narrativa policial. O gênero será observado à luz da teoria e algumas de suas características serão avaliadas com base nela. No entanto, para analisar a Literatura Policial, seus principais alicerces serão evidenciados, tendo em vista a sua constituição clássica e a narrativa policial contemporânea, relevando, ainda, as modificações que lhe foram realizadas com o passar do tempo. Como subsídio para a reflexão acerca da narrativa policial, serão utilizados estudos de Mandel (1988); Reimão (2005); Massi (2011), entre outros. Mandel e Reimão serão suporte para reflexões sobre a inserção da narrativa policial em um meio acadêmico, avaliando seus constructos básicos e suas possibilidades enquanto gênero literário; Massi subsidiará toda a perspectiva comparativa entre a Literatura Policial nos moldes clássicos e em linhas contemporâneas. As pesquisas dos três estudiosos serão fundamentais tanto para uma sustentação teórica no que condiz ao gênero, quanto na observação do gênero policial sob as postulações da Estética da Recepção, que também focalizarão a análise de fragmentos de obras policiais brasileiras contemporâneas, de autores como Garcia-Roza (1996; 1999; 2001; 2004; 2005; 2006; 2007; 2009; 2012); Montes (2010; 2014; 2015; 2016), entre outros. O trabalho terá cunho qualitativo, sua abordagem será bibliográfica, frisando as relações entre a teoria e o gênero, buscando construir um arcabouço teórico sólido para a teorização na perspectiva de valorização à Literatura Policial com base nos pressupostos da recepção. |