Os cursos de especialização para formação docente do PROEJA: a tecitura da oferta e dos resultados na percepção de cursistas da região sul do Brasil
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/589 |
Resumo: | Integrando a política do Programa de Integração da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos – PROEJA, a SETEC/MEC inicia em junho de 2006 o fomento à formação docente por meio de Cursos de Especialização em PROEJA. Esta tese analisa a oferta e os resultados das três primeiras edições do referido curso ofertado na Região Sul do Brasil, na percepção de cursistas. O objetivo da investigação foi verificar como a organização curricular do curso de especialização possibilitou aos docentes cursistas apropriarem-se das concepções, dos conceitos e princípios do PROEJA, tais como: concepção de formação inicial e continuada; concepção de integração e trabalho como princípio educativo; e conceito de professor pesquisador. Analisou-se a política em seu aspecto contraditório pela hipótese de que se, por um lado, houve a certificação de um expressivo número de professores especialistas em PROEJA, por outro, este curso não rompeu com a prática de formação pragmática, pontual, precária, frágil e superficial que historicamente caracterizou a formação de professores para atuar na EJA e na EPT no Brasil. Para compreender a política de formação docente do PROEJA, fez-se o estudo do Documento Base e da Proposta de Curso de Especialização, ambos da SETEC/MEC. Para o estudo da oferta dos cursos de Especialização PROEJA foram analisados os Editais de Abertura de Turmas, os Projetos Pedagógicos dos Cursos e os Relatórios Circunstanciados dos três Unidades-Polo. Para o estudo dos resultados, foram entrevistados dois profissionais docentes cursistas de cada uma das dezenove cidades campi que ofertaram tal formação no sul do Brasil. A análise dos dados evidenciou que a formação docente em tela foi pragmática e instrumental, pela vinculação a outro programa educacional específico; foi pontual pela sua oferta descontínua; foi uma oferta precária pela extensão de carga horária, sobrecarga e intensificação da jornada do trabalho aos docentes, e pelo seu processo de seleção em que prevaleceram os critérios de seleção excludentes; foi superficial pela importância marginal dada ao Documento Base do PROEJA; foi frágil pela desarmonia entre unidades curriculares, ementas, eixos, objetivos e princípios nos PPP dos cursos, pela falta de conexão entre a teoria e a prática no curso, e pela fragmentação dos conteúdos programáticos dos eixos curriculares que descaracterizou a proposta e determinou uma formação superficial sobre os conceitos e concepções do PROEJA, comprometendo os resultados desta formação. Neste sentido, confirmamos a hipótese da pesquisa. Contraditoriamente, a formação teve o mérito de aproximar docentes de duas modalidades da educação básica marcadas historicamente por lacunas e precariedade de formação inicial específica; a produção de monografias contribuiu com o avanço da área; possibilitou ampliar a compreensão dos docentes cursistas sobre o público da EJA/PROEJA; e impulsionou a continuidade de estudos de muitos docentes, em Mestrado e Doutorado. |