As relações socioeconômicas na feira do produtor de Francisco Beltrão - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Duarte, André lattes
Orientador(a): Perondi, Miguel Angelo lattes
Banca de defesa: Perondi, Miguel Angelo, Barrinha, Roselaine Navarro, Corona, Hieda Maria Pagliosa, Kischener, Manoel Adir, Godoy, Wilson Itamar
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3446
Resumo: O acesso aos mercados tem sido determinante para a garantia das condições de vida e reprodução da agricultura familiar, não podendo ser vistos somente como riscos a estes atores. Desta forma, o debate em torno dos mercados como construções sociais, tomando os atores como protagonistas tem ganhado espaço nos estudos rurais. Portanto, essa dissertação esta inserida na discussão dos mercados da agricultura familiar, tomando como objetivo de análise a trajetória da Feira do Produtor, localizada na praça central do município de Francisco Beltrão – PR. Considerando esta experiência como um mercado socialmente construído pelos atores locais, busca-se caracterizar o contexto de origem desta feira, seus aspectos históricos e organizativos, bem como quem são os atores protagonistas desta experiência e que ralações foram estabelecidas ao longo do tempo e do espaço. Trata-se de um estudo de caso descritivo com metodologia mista, de forma que mesmo havendo ênfase na análise qualitativa, foram usados dados quantitativos e qualitativos, levantados principalmente através de entrevista semiestruturada direcionada aos atores considerados protagonistas na origem da Feira do Produtor. Os resultados dão conta de que a Feira do Produtor tem sua origem em meio ao processo de modernização do espaço agrário da região, aonde os agricultores se viram na necessidade de criar alternativas para sua reprodução social. Assim tiveram sua capacidade de agência ativada diante de um campo em transformação, montando uma arena que possibilitou a aproximação com outros atores e a construção de uma alternativa de comercialização. Portanto, trata-se de uma experiência de mercado socialmente construído, que depende de relações baseadas em princípios de reciprocidade, solidariedade, confiança e domesticidade como forma de garantir a existência dos atores, o que não quer dizer que esta experiência esteja isenta de relações também de interesses individuais.