Utilização da termografia para detecção do fenômeno de Raynaud secundário
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24685 |
Resumo: | O fenômeno de Raynaud (FR) é uma manifestação clínica caracterizada por um processo isquêmico transitório em uma resposta vascular exagerada ao frio, estresse e mecanismos vibracionais. Pode ser classificado em FR primário, de caráter idiopático, sem associação a nenhuma doença subjacente e com sintomas mais brandos e FR secundário (FR2) sendo um típico sinal para pacientes com diagnóstico de Esclerose Sistêmica (ES), uma doença reumática autoimune do tecido conjuntivo, de caráter heterogêneo, com envolvimento multissistêmico. Dentre os diversos recursos para a verificação de comprometimentos vasculares, a termografia é um método aplicado para apoiar o diagnóstico destas alterações. O objetivo deste estudo foi utilizar três métricas distintas para o cálculo da Diferença Distal Dorsal (DDD) (DDD mínima, DDD máxima e a soma das DDD’s de todos os dedos) em imagens termográficas para analisar o comportamento térmico tanto em indivíduos saudáveis quanto em indivíduos com FR2. A pesquisa foi realizada no período de 2018 a 2019. A amostra foi composta por 44 indivíduos em um grupo controle (GC) e 44 indivíduos correspondendo ao grupo com ES (FR2). Os participantes, após aclimatação de 10 minutos, foram submetidos ao protocolo do teste de estresse pelo frio, o qual consistiu em imergir as mãos em um recipiente de água a uma temperatura de 15°C por 60 segundos. A aquisição das imagens termográficas foi realizada em sete momentos: pré-teste e no 1º, 3º, 5º, 7º, 10º e 15º minuto. A cada momento, foram analisados os valores de DDD (de todos os dedos – mínimo, máximo e soma) entre os grupos. Para análise estatística, foram utilizados o teste t para amostras independente e o teste d de Cohen. Em relação aos resultados, houve significativa diferença em relação à taxa de recuperação da temperatura entre os grupos em todos os momentos (p = 0,000). O GC mostrou uma taxa de reaquecimento logo após o primeiro minuto subsequente ao teste de estresse a frio (-1,48ºC em t1 para -0,03ºC em t3; p=0,000), enquanto o grupo FR2 mostrou-se extremamente negativo no primeiro minuto após o teste (- 16,88ºC), conforme o tempo ia passando, a taxa de recuperação de temperatura foi ficando menos negativa, mas em nenhum momento se tornou positiva, mesmo ao longo dos quinze minutos (-7,23ºC). A DDD mínima, máxima e a soma das DDD’s, mostrou ser um índice válido para verificação e distinção do gradiente de temperatura no estudo com indivíduos identificados com ou sem FR secundário, entre o 1º e 5º minuto. |