Modelagem da dispersão de poluentes em meios porosos: caso do aterro de resíduos solidos urbanos de Jacarezinho (PR)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4825 |
Resumo: | Os sistemas de disposição final em solo de resíduos sólidos urbanos (RSU) continuam sendo problema sanitário e ambiental. A alta concentração de substâncias recalcitrantes e tóxicas presentes em líquidos originados da decomposição dos resíduos, misturados ou não às águas pluviais, pressupõe risco para a saúde humana e para o meio ambiente. Os sistemas de impermeabilização nem sempre estão disponíveis ou funcionam adequadamente de modo que os lixiviados podem infiltrar no solo e chegar às águas subterrâneas, contaminando-as. É necessário estabelecer mecanismos que permitam prever a dispersão do lixiviado a fim de determinar possíveis cenários e sistemas de controle. O presente trabalho teve por objetivo modelar a dispersão de lixiviados de resíduos sólidos urbanos através de solo saturado em um estudo de caso. O método de pesquisa incluiu a definição dos modelos conceitual e numérico, realização de simulação numérica e validação. Como estudo de caso utilizou-se o aterro municipal de Jacarezinho, no Estado de Paraná. O modelo conceitual baseou-se em dados existentes da geologia, hidrologia, hidrogeologia e de caracterização do lixiviado. Foram consideradas duas fontes geradoras de poluição: área de despejo do RSU e área de tratamento de efluentes líquidos. Foram utilizados os códigos MODFLOW e MT3DMS, tendo-se simulado a dispersão dos poluentes Cr, Pb, Cu e Zn. Os campos das concentrações mássicas de poluentes foram calculados em diferentes tempos: 1, 5, 10, 25 e 50 anos. Os resultados indicaram que os poluentes podem atingir o corpo hídrico mais próximo do aterro, o rio do Ouro Grande, em um período de 5 anos, e seu afluente em um período de 1 ano da geração inicial de chorume. Os poluentes no rio de Ouro Grande (P2) atingiram 0,006% do valor inicial da concentração da fonte geradora e se dispersaram em maiores concentrações na segunda camada teórica do solo que compreendeu 2 a 10 metros de profundidade. O fluxo de massa do Zn, foi calculado em sete vezes maior que o dos demais poluentes. Para o período final da simulação, o afluente do rio de Ouro Grande recebeu concentrações de Cu e Pb que ultrapassaram os valores máximos permitidos na legislação brasileira para atendimento ao padrão de qualidade do curso d’água. Em relação ao padrão de potabilidade, o Pb foi único poluente analisado que ultrapassou os valores de referência. As concentrações de poluentes calculadas não ultrapassaram os limites do padrão de lançamento de efluentes líquidos estabelecidos pela legislação brasileira. Da simulação realizada, concluiu-se que o aterro de RSU de Jacarezinho tem potencial para poluição de solos e águas subterrâneas do entorno. |