Extração e caracterização de compostos fenólicos de folhas de amoreira preta (Morus nigra L.) e encapsulamento em esferas de alginato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Schafranski, Kathlyn lattes
Orientador(a): Chaves, Eduardo Sidinei lattes
Banca de defesa: Lacerda, Luiz Gustavo, Novak , Alessandra Cristine Sydney, Postigo, Matheus Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3945
Resumo: A amoreira preta (Morus nigra L.), é uma planta de origem asiática, aclimatizada no Brasil, e suas folhas são utilizadas como infusões, devido a propriedades benéficas à saúde. Sua ação antioxidante e anticancerígena tem sido demonstrada e podem ser atribuídas à presença de compostos fenólicos na planta. Entretanto, essa classe de compostos possui baixa estabilidade e uma das alternativas de conservação da bioatividade destes compostos pode ser o encapsulamento. O objetivo deste trabalho é a extração de compostos fenólicos de folhas de amoreira preta para posterior encapsulamento em esferas de alginato de cálcio. As condições de extração para obtenção dos extratos aquosos de folhas de Morus nigra foram otimizadas por meio de um delineamento experimental, no qual foram avaliadas condições de temperatura de secagem, temperatura de infusão e tempo de extração, monitorando o conteúdo fenólico total (CFT). Foram determinadas concentrações de CFT, flavonoides, flavonóis, orto-difenólicos, atividade antioxidante frente ao radical DPPH· e capacidade redutora total dos extratos. Identificação e quantificação de compostos fenólicos por cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas (LC-ESIMS/MS). Foram determinadas concentrações de minerais. A atividade antimicrobiana dos extratos também foi realizada. Os extratos foram encapsulados em esferas de alginato de cálcio e avaliados em termos do CFT, por testes de eficiência de encapsulamento, liberação do princípio ativo em água, estabilidade ao armazenamento e caracterização das esferas. Entre as condições avaliadas as extrações mais eficientes ocorreram em folhas que foram expostas a menores temperaturas de secagem e maiores temperaturas de infusão. Os extratos apresentaram concentrações apreciáveis de classes fenólicas e atividade antioxidante. A análise por LC-ESI-MS/MS permitiu identificar substância fenólica ainda não relatada na literatura até o momento. Além disso 10 elementos minerais foram determinados em concentrações significativas, entre eles o potássio, ferro e manganês. A eficiência de encapsulamento do CFT para esferas secas e úmidas foi de 95,1 ± 1,4 e 81,7 ± 0,8 % respectivamente. As imagens do MEV para esferas secas mostraram que o extrato e a secagem afetaram a morfologia das esferas. Os espectros de FTIR das esferas em branco e carregadas com extrato revelaram compatibilidade entre os compostos fenólicos e a matriz de alginato. Dos 81 dias de estocagem as esferas secas mantidas a 4 ± 1°C apresentaram estabilidade em CFT até 36 dias, entretanto leve decaimento no CFT foram observadas até o fim do período. Para as esferas úmidas mantidas a 4°C o CFT manteve-se estável nas primeiras quatro semanas. Assim, o encapsulamento de extratos de amoreira preta em esferas de alginato é uma técnica promissora para promover ação protetora sobre os compostos fenólicos.