Cartazes nas margens: contestação, arte e produção do espaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fukushima, Kando lattes
Orientador(a): Queluz, Marilda Lopes Pinheiro lattes
Banca de defesa: Mizanzuk, Ivan Alexander, Queluz, Gilson Leandro, Guimarães, Ana Lúcia Santos Verdasca, Rocha, Ana Luiza Carvalho da, Queluz, Marilda Lopes Pinheiro
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4199
Resumo: A presente pesquisa possui o objetivo de identificar e refletir sobre as mediações sociais que ocorrem no contexto do ambiente urbano, particularmente através de cartazes que são afixados em espaços não institucionalizados, de forma irregular. Para isso, foram realizadas análises de imagens captadas nas regiões centrais das cidades de Curitiba-PR e São Paulo-SP, através de registros fotográficos e a sistematização de dados relacionados com aspectos de produção desses materiais, sua linguagem textual e visual. Os registros fotográficos foram realizados entre janeiro de 2015 e setembro de 2018 e foram a base para a constituição de uma coleção de 500 imagens representativas da diversidade de temas e abordagens visuais que são utilizados nesses impressos. Os exemplos analisados são aqueles que estão relacionados com temáticas sociais e de expressão poética. Considera-se a produção de diversos grupos sociais, artistas e coletivos, que interagem e constituem paisagem visual dessas cidades. Esses materiais são comumente ignorados pela história do design gráfico ou abordados apenas como manifestações que estabelecem problemas públicos, como os ligados à poluição visual. Ao discutir essa produção de forma mais aprofundada, aponta-se a possibilidade de analisar esses artefatos em um contexto de exclusão econômica, política e cultural, e como prática autônoma e legítima de contestação e apropriação do espaço da cidade. O referencial teórico é norteado principalmente pelas contribuições de Henri Lefebvre, sobre as questões do cotidiano e a cidade, e Andrew Feenberg e a Teoria Crítica da Tecnologia. São discutidos também os conceitos que envolvem os cartazes dentro do campo do design, destacando alguns exemplos da bibliografia que foram produzidos como forma de contestação política. A pesquisa aponta o uso recorrente desses artefatos gráficos, sendo possível encontrar uma grande diversidade de formas de expressar identidades culturais, artísticas e posicionamentos políticos críticos. Representam uma prática que está em constante tensão com as regulamentações e destacam o espaço urbano como uma instância fundamental para a mobilização social.