Uso do leite de vaca no controle do oídio em feijão-de-vagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lagos, Frank Silvano
Orientador(a): Santos, Idalmir dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/239
Resumo: A crescente procura por alimentos mais saudáveis demanda um aumento na produção isenta de agrotóxicos. O feijão-de-vagem é uma das principais olerícolas cultivadas no Brasil. Dentre as principais doenças que afetam essa cultura está o oídio, podendo ocasionar perdas de produção em até 69%, sendo de ocorrência comum em cultivos protegidos especialmente em períodos tardios. O uso do leite tem demonstrado boas perspectivas no controle desta doença em diversas culturas. Foram desenvolvidos na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus de Pato Branco – PR, nos anos de 2007 e 2008, trabalhos com o objetivo de avaliar o efeito do leite de vaca in natura e seus possíveis mecanismos de ação sobre o controle de oídio em feijão-de-vagem sob ambiente protegido. Conduziu-se experimento com aplicação de leite de vaca in natura nas concentrações de 0%, 5%, 10%, 15% e 20% em freqüência semanal e quinzenal, com e sem espalhante adesivo. Foi avaliada a severidade da doença e a produtividade. O delineamento foi em blocos ao acaso, com 4 repetições. Em outro experimento avaliou-se o efeito dos componentes químicos do leite, com aplicações foliares de Nitrato de Potássio (0,79 g L-1), Cloreto de Amônio (0,82 g L-1), Nitrato de Cálcio (0,96 g L-1), Fosfato de Amônio Monobásico (0,51 g L-1), Carbonato de Sódio (0,23 g L-1), mistura destes componentes, leite (200 ml L-1) e água. O delineamento foi inteiramente casualizado com 3 repetições. No terceiro experimento avaliou-se a atividade metabólica em tecidos foliares de feijão-de-vagem tratado com aplicações semanais de leite de vaca in natura nas concentrações do primeiro experimento. O cultivo foi em vasos, em casa de vegetação com ambiente controlado. O delineamento foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Para realização das análises bioquímicas (proteínas, açúcares totais e redutores, peroxidases e FAL) foram coletados discos foliares de 0,2 g de cada unidade experimental, 24, 48 e 72 horas após a aplicação do leite de vaca in natura. O leite aplicado em freqüência semanal promoveu controle do oídio de 37,94 a 79,96%. Em freqüência quinzenal o controle variou de 22,32 a 28,59%, sendo mais efetivo no início da infestação. Sua aplicação não requer uso de espalhante adesivo. As concentrações mais viáveis foram entre 10 e 15%. Aplicação dos diferentes componentes químicos de forma combinada controlou a doença de forma semelhante à aplicação do leite de vaca in natura. Aplicações de concentrações crescentes de leite de vaca in natura interferiu nos parâmetros bioquímicos foliares de proteínas, açúcares totais e redutores, atividade de peroxidase e FAL, demonstrando ser um elicitor capaz de induzir a uma resposta de resistência, alterando a atividade de enzimas relacionadas com a defesa do feijão-de-vagem.