Potencial alelopático de Bixa orellana L. sobre sementes de Bidens pilosa L. e Raphanus sativus L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Villa, Thiago Cacção lattes
Orientador(a): Moraes, Pedro Valério Dutra de lattes
Banca de defesa: Moraes, Pedro Valério Dutra de, Ramos, Celso Eduardo Pereira, Tarouco, Camila Peligrinotti
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4411
Resumo: Com o aumento da produção agrícola por consequência da crescente demanda de consumo, faz-se necessário a utilização de compostos químicos sintéticos para o controle de diversas pragas que afetam negativamente a produção. Esta prática, vem gerando discussões entre ambientalistas, pesquisadores e pela população sobre os diversos problemas que tais compostos podem acarretar para a saúde ambiental e humana. Neste sentido, nas últimas décadas o mercado de produtos orgânicos ganhou destaque pela qualidade dos alimentos produzidos sem a presença destes compostos químicos sintéticos para o controle de diversas pragas. Com isso, a alelopatia tornou-se uma ferramenta de grande valia para o controle de plantas daninhas para este sistema produtivo, pois os compostos são oriundos da própria natureza, minimizando a contaminação ambiental e não causando danos à saúde humana. Neste trabalho foram utilizados extratos aquosos de sementes de urucum (Bixa orellana) não trituradas e trituradas com diferentes tempos de extração (0, 24 e 48 horas) para avaliar o potencial alelopático no controle das plantas daninhas picão preto (Bidens pilosa) e nabo forrageiro (Raphanus sativus). Foram preparados tratamentos em quatro diferentes concentrações de extrato (1,25%, 2,5%, 5% e 10%) e a testemunha. Os resultados foram submetidos à um delineamento fatorial e os dados submetidos a análise de variância e as médias agrupadas pelo teste de ScottKnott a 5% de probabilidade. As variáveis analisadas nos testes foram relacionadas a germinação das sementes e ao desenvolvimento inicial das plântulas. Os resultados demonstraram que o tempo de extração de 24 horas para sementes de urucum não trituradas e trituradas apresentaram os maiores efeitos alelopáticos para as sementes de picão preto, interferindo na porcentagem de sementes germinadas, na velocidade de germinação e no índice de emergência, assim como na matéria seca, comprimento de raiz e da parte aérea. Para o nabo forrageiro, os efeitos alelopáticos observados foram de estimulação para o extrato aquoso não triturado de sementes de urucum com tempo de extração de 24 horas. Nesta lógica, é possível inferir que extratos aquosos de urucum não triturados ou triturados podem ser uma opção viável de substituição a compostos químicos sintéticos para o controle de plantas de picão preto em sistemas de produção orgânica de alimentos.