Atividade alelopática de gengibre e funcho sobre germinação e desenvolvimento inicial de plantas daninhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Defaveri, Alexandre lattes
Orientador(a): Moraes, Pedro Valério Dutra de lattes
Banca de defesa: Di Domenico, Adriana Sbardelotto, Panozzo, Luís Eduardo, Possenti, Jean Carlo, Moraes, Pedro Valério Dutra de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4379
Resumo: As substâncias alelopáticas são providas do metabolismo secundário das plantas e apresentam como principais funções a redução do crescimento das plantas receptoras, ou até inibição da germinação das sementes. Dentre estas espécies tem-se o funcho, cujo potencial alelopático sobre algumas plantas já se conhece, e o gengibre que apresenta elevado potencial antifúngico, no entanto, ainda pouco estudado quanto ao seu potencial alelopático. Plantas daninhas são aquelas que apresentam ocorrência espontânea em áreas de plantas cultivadas, que atualmente são combatidas com o auxílio do controle químico. No entanto, pensando em reduzir os danos na natureza surgiu-se a necessidade de buscar métodos alternativos, como é o caso do uso do potencial alelopático de algumas plantas sobre plantas receptoras, mas sabe-se que algumas variáveis podem influenciar diretamente o efeito do extrato, como o tempo de infusão e a concentração utilizada. Diante disso o objetivo deste trabalho foi avaliar os estratos de gengibre (Z. officinalis) e funcho (F. vulgare) sobre as plantas receptoras de nabo (Raphanus raphanistrum), azevém (Lolium multiflorum) e picão (Bidens pilosa) em diferentes concentrações. O trabalho foi realizado em 2017 no Laboratório de Sementes, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos. Utilizando-se sementes de nabo, azevém e picão preto coletadas na área experimental da Universidade. Para o preparo dos extratos de funcho e gengibre, estes inicialmente foram coletados frescos, macerados e colocado em infusão nas proporções de 200 g de funcho ou gengibre em 1000 ml de água destilada, os quais permaneceram durante os períodos de 30 minutos, 24 e 48 horas em infusão. Para a aplicação dos extratos sobre as sementes das espécies testadas estes foram diluídos nas concentrações de 0%; 1,25%; 2,5%; 5% e 10% em água destilada. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, para cada espécie a ser testada, em esquema fatorial 2 x 3 x 5 (Tipo de Extrato x Período de Infusão x Concentração do extrato), com quatro repetições. Para os testes de germinação foram 36 sementes por unidade experimental em caixas gerbox sobre papel germitest de maneira equidistante, aplicando-se 6 ml dos extratos das espécies testadas, com o auxilio de uma seringa, de acordo com o período de infusão e concentração citado anteriormente, em cada caixa gerbox. Após estas foram fechadas com a tampa e colocadas em câmara do tipo BOD a 25°C, com fotoperíodo de 12 horas de luz/escuro e com umidade relativa de 80%. Ao final do experimento realizou-se a medição da parte aérea e radicular de 5 plântulas por unidade experimental, e a determinação da massa de matéria fresca e seca, da parte aérea e radicular. De acordo com os resultados pode-se concluir que o extrato de funcho apresentou melhores resultados de redução e até inibição das variáveis analisadas em todas as espécies de ervas daninhas em estudo, de maneira que o aumento das concentrações resultou na diminuição destas.