Modernidade e modernização em O selvagem da ópera e A máquina de madeira
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2675 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo analisar as representações da modernidade e da modernização em duas obras da literatura brasileira contemporânea: O selvagem da ópera (1994), de Rubem Fonseca, e A máquina de madeira (2012), de Miguel Sanches Neto. Tanto uma obra quanto a outra põem em xeque o Brasil do Segundo Império com críticas às suas políticas sociais, tecnológicas e culturais, na tentativa de superar os entraves relegados pelo regime colonial e escravocrata. Nessa perspectiva, investe-se na trajetória dos protagonistas: o maestro Antônio Carlos Gomes e o inventor da máquina de escrever, o padre Francisco João de Azevedo. O sangue negro do primeiro e as origens humildes de ambos funcionam como paradigma de um Brasil que quer se modernizar, mas que não se enquadra em um modelo importado, eurocêntrico. Na base do estudo, contempla-se o gênero romance, na concepção bakhtiniana, e seus laços com a consolidação da classe burguesa, dialogando com a leitura oferecida por alguns críticos da modernidade como Marshall Berman e Antony Giddens. Dentre as expressões romanescas, privilegia-se a ficção histórica, por seu diálogo mais estreito com o discurso da história, teorizado por György Lukács. Já as leituras de Roberto Schwarz e de Silviano Santiago, além dos estudos historiográficos de Thomas Skidmore e de Lilia Moritz Schwarcz, nortearão o trabalho no que se refere à sociedade brasileira do século XIX. |