Respostas morfofisiológicas de mudas de Eugenia uniflora em condições de sombreamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gil, Bruna Valeria lattes
Orientador(a): Danner, Moeses Andrigo lattes
Banca de defesa: Galon, Leandro, Perboni, Anelise Tessari, Danner, Moeses Andrigo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4057
Resumo: As plantas possuem uma notável capacidade de alterar seu fenótipo em resposta às condições de luz altamente heterogêneas que comumente encontram em ambientes naturais. Eugenia uniflora tem sido tradicionalmente considerada como exigente em sol. Para testar a hipótese de aclimatação da espécie em ambientes sombreados, determinou-se o crescimento, acúmulo de massa seca, alocação de biomassa, morfologia das folhas, conteúdo de clorofila e carotenoides, parâmetros de trocas gasosas foliares (assimilação líquida de CO2, condutância estomática, taxa de transpiração e concentração intercelular de CO2), os parâmetros de fluorescência da clorofila a (fluorescência mínima, fluorescência máxima, rendimento quântico efetivo do PSII e taxa de transporte de elétrons) ao longo de um gradiente de intensidade luminosa em mudas de E. uniflora. As mudas foram cultivadas por 21 meses em quatro níveis de sombreamento: 0% (pleno sol), 30%, 50% e 80% de interceptação da radiação solar. Mudas cultivadas sob pleno sol e 30% de sombra acumularam significativamente mais massa seca do que as mudas cultivadas em 50% e 80% de sombra durante o período de estudo. A maior área foliar e área foliar específica foram obtidas em mudas cultivadas sob 50% de sombreamento, enquanto o número de folhas por planta foi maior nas plantas cultivadas sob pleno sol. O teor de clorofila a e total foi maior nas folhas dos tratamentos sob sombreamento, enquanto a concentração de clorofila b e teor de carotenoides não foram afetadas pela intensidade de sombreamento. O nível de 80% de sombreamento limitou a assimilação líquida de CO2 e a taxa de transporte de elétrons. A condutância estomática e taxa de transpiração foram maiores sob 50% de sombreamento, e a concentração intercelular de CO2 não diferiu entre os tratamentos. E. uniflora apresenta algumas características de aclimatação a diferentes intensidades de radiação solar, principalmente por meio de modificações em características fisiológicas, morfológicas, em relação às folhas e aparato fotossintético. Em conclusão, sugere-se as condições de pleno sol à 30% de sombreamento como ótimas para o cultivo de E. uniflora. Com base nos resultados E. uniflora pode ser classificada como planta de sol facultativa.