Efeito da adição de diferentes nutrientes na dieta sobre a qualidade das carcaças e prevenção de peito madeira e estrias brancas em frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Vargas, Lérida Fantin de lattes
Orientador(a): Guerra, Gustavo Petri lattes
Banca de defesa: Canan, Cristiane, Buzanello, Rosana Aparecida da Silva, Prado, Flávera Camargo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4448
Resumo: Avanços tecnológicos na seleção genética e no processamento das aves permitem a produção de frangos com maior peso vivo em menos tempo. Este aumento no tamanho das células musculares e na taxa de crescimento levou na última década ao aparecimento de diversas miopatias que causam lesões nas fibras musculares e tecidos conectivos, principalmente no músculo de peito (Pectoralis major). Miopatias são alterações na normalidade do tecido muscular, das quais a estria branca (WS) é caracterizada pela presença de linhas brancas intramusculares, e o peito madeira (WB) é caracterizado pela formação de fibras com textura firme e resistente à compressão coberta com fluido claro e viscoso, ambas miopatias causam rejeição sensorial e prejudica a funcionalidade da carne. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação de manganês (Mn), cobre (Cu), nucleotídeos purificados e ácido guanidinoacético (GAA) na dieta de frangos de corte sobre a qualidade das carcaças e a prevenção de miopatias no peito. Foram utilizados 1500 pintainhos de corte mistos e foi aplicada na ração base a suplementação de GAA (600 ppm), nucleotídeos purificados (1000 ppm) e dos minerais e Manganês (40 ppm) e Cobre (7 ppm), agrupados em doze tratamentos. As aves foram mantidas em um aviário experimental com estrutura e parâmetros de manejo padronizados até os 42 dias de idade, e abatidos em um abatedouro de aves. O uso combinado de Cu, Mn e GAA (T12), aplicado na ração base de frangos de corte, promoveu uma redução significativa com relação ao controle (T1) na incidência de WS leve (25,48 vs 33,46%), WS moderado (14,21 vs 17,46%), WS severo (9,98 vs 20,13%), WB leve (7,17 vs 14,79%) e WB severo (2,94 vs 6,79%), respectivamente. Assim como foi o tratamento que apresentou maior ocorrência de peito normal em relação ao controle, ou seja, sem WB (80,41 vs 70,79%) e WS (50,83 vs 29,46%). A suplementação utilizada em todos os tratamentos não alterou os parâmetros físico-químicos (CRA; PPC; pH15min; pH24h; umidade; proteína e gordura), os parâmetros bioquímicos sanguíneos (ACTH, colesterol, glicose e CPK), o rendimento (carcaça, pernas, asas, filezinho sassami, peito desossado e dorso) e o desempenho zootécnico (peso médio, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar), com relação ao controle. Ao avaliar simultaneamente a ocorrência de dermatose e celulite, o tratamento suplementado com GAA (T3) parece apresentar uma menor ocorrência em relação ao controle. As lesões post mortem observadas durante o exame macroscópico de WS e WB, foram correspondentes ao grau de classificação utilizada (normal, leve, moderada e severa) podendo ser aplicada satisfatoriamente durante o processo industrial do frango.