Avaliação da possível utilização de anti-inflamatórios em substituição aos antibióticos como promotores de crescimento em frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Elaine Renata Motta de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-28062019-151816/
Resumo: Os antimicrobianos utilizados como aditivos zootécnicos melhoradores de desempenho têm sido banidos da pecuária, pois estão relacionados à ocorrência de resistência bacteriana. O mecanismo de ação é ainda desconhecido. Acredita-se que promovam diminuição da inflamação do trato gastrointestinal. Assim, o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) poderia promover o melhor desempenho das aves? Elegeu-se neste estudo três AINE: ibuprofeno (IBF), salicilato de sódio (SS) e meloxicam (MLX), para avaliação da melhoria no desempenho das aves, e seus possíveis efeitos tóxicos. Para tal, foram utilizados 40 frangos de corte de 1 dia de idade (DI) distribuídos em 4 grupos (n=10/grupo/AINE) a saber: grupo controle (CO) e 3 tratados com IBF, SS ou MLX, com as doses de 2,5; 5,0 ou 10,0 mg/kg de IBF ou de SS, e nas doses de 0,1; 0,2 ou 0,4 mg/kg de MLX, adicionados na ração, diariamente, por 42 dias. Avaliou-se o consumo de ração (CR) e o ganho de peso (GP), bem como o hemograma, bioquímica sérica, e histopatologia das aves. Em relação ao GP e ao CR, não foram encontradas diferenças entre todos os grupos estudados. Nas aves tratadas com o IBF, aos 21 DI houve eosinopenia apenas no grupo de 5,0 mg/kg, enquanto que aos 42 DI houve leucopenia e linfopenia no grupo de 10,0 mg/kg e diminuição de heterófilos nos grupos de 2,5 e 5,0 mg/kg. Aos 21 DI houve diminuição da ALT; aumento da albumina (ALB) e diminuição da globulina (GLOB) no grupo de 10,0 mg/kg. O ácido úrico aumentou aos 21 e 42 DI nos grupos de 5,0 e 10,0 mg/kg, e aos 42 DI houve diminuição da fosfatase alcalina (FA) no grupo de 2,5 mg/kg e aumento de LDH no grupo de 5,0 mg/kg. Nas aves tratadas com SS, aos 21 DI houve diminuição da AST e ALT dos grupos de 2,5 e 10,0 mg/kg; aumento da GGT e FA, ambas no grupo de 10 mg/kg, e aumento da ALB no de 2,5 mg/kg, enquanto que aos 42 DI houve diminuição na GGT, proteína e GLOB, nos grupos de 5,0 e 10,0 mg/kg. Nas aves do MLX, aos 21 DI, houve diminuição da hemoglobina no grupo de 0,4 mg/kg, linfopenia nos grupos de 0,1 e 0,4 mg/kg e aumento de heterófilos no grupo de 0,4 mg/kg. Ainda aos 21 DI houve diminuição da ALT em todos os grupos; aumento da FA no grupo 0,1 mg/kg; diminuição da glicose no grupo de 0,2 mg/kg e aumento da creatinina no grupo tratado com 0,4 mg/kg, enquanto que aos 42 DI houve aumento da glicose em todos os grupos; aumento da proteína dos grupos de 0,2 e 0,4 mg/kg; aumento da ALB no grupo de 0,2 mg/kg e aumento da GLOB nos grupos de 0,2 e 0,4 mg/kg. Assim, apesar do não comprometimento do GP e do CR, todos os AINE não promoveram melhora no desempenho das aves. Ainda, com os resultados obtidos do hemograma, bioquímica sérica e histopatologia, pode-se concluir que os AINE nas doses empregadas não promoveram toxicidade nas aves.