Influência da gordura subcutânea de novilhos terminados em confinamento nas características de carcaça e carne

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Boito, Bruna
Orientador(a): Kuss, Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1525
Resumo: O presente estudo procurou avaliar as características de carcaça,qualidade e o perfil lipídico da carne atrelado à espessura de gordurasubcutânea das carcaças (EGS), utilizando o peso de abate como covariável. Os dados obtidos oram analisados por teste estatístico de analise de variância e a nível de 10% de significância, e posteriormente feita a análise de regressão para as variáveis que apresentaram diferença significativa. A qualidade da carcaça e da carne é influenciada pela espessura de gordura subcutânea interferindo no peso de carcaça quente e fria, e consequentemente nos seus rendimentos. O peso de carcaça quente (PCQ) é a principal forma de remuneração ao produtor pelos frigoríficos, aplicando-se valores de 6 mm de gordura subcutânea, em um animal com peso de abate de 450 kg na equação (PCQ=-23,77+0,60*PA+1,99*EG+0,32*EG²), encontra-se o valor de 269,69 kg de peso de carcaça quente, para peso de carcaça fria (PCF) utilizando os mesmos valores na equação (PCF=-11,86+0,56*PA+1,64*EG), o animal apresentara em média 249,98 kg de PCF. Ocorreram diferenças significativas para as porções teciduais do animal, com decréscimo da fração osso e aumento das frações músculo e gordura, conforme se aumentou a espessura de gordura subcutânea na carcaça. Para a qualidade organoléptica da carne,não ocorreram respostas significativas ao grau da espessura de gordura subcutânea. Nas análises do perfil lipídico, os ácidos graxos saturados (AGS)não sofrem alteração com o aumento da espessura de gordura na carcaça, ao contrário dos ácidos graxos insaturados (AGI), que aumentaram de forma quadrática até o ponto de 5,8 mm de espessura de gordura. Para os poliinsaturados ocorreu diferença significativa linear decrescente, para os monoinsaturados apresentaram foi encontrado efeito quadrático (AGM=14,27+0,037*PA+4,22*EG-0,31*EG²). Dentre os principais ácidos graxos encontrados na carne bovina, o C14:0 não demonstrou diferença significativa, bem como o ácido graxo C18:0. Já o C16:0 demonstrou diferença significativa (P= 0,0095) apresentando 6,6 mm EGS como ponto de máximo. O Isômero C18:1ω9c, importante precursor na síntese do CLA, obteve comportamento quadrático atingindo valor máximo de 6 mm EGS. O CLA obteve resposta quadrática, a sua concentração aumenta até 6,9 mm de espessura de gordura, após essa espessura de gordura seus valores começam a decair. A relação entre os ácidos graxos ω6:ω3 não apresentam diferença significativa. O ω3 obteve resposta quadrática, aumentando sua deposição até 6,3 mm de espessura de gordura, após esse valor começa decair interferindo na boa relação entre ω6:ω3. A espessura de gordura subcutânea de 6,0 mm influência positivamente o peso e rendimento de caraça quente e fria, na quantidade de osso, músculo e gordura presentes na carcaça e nos ácidos graxos benéficos a saúde humana.