Ferréz: produção material e cultural na quebrada
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4660 |
Resumo: | Este trabalho de pesquisa tem por objetivo analisar dois romances de Literatura Marginal: Capão Pecado (2000) e Deus Foi Almoçar (2012), ambos do escritor Ferréz (1975), nascido e criado “na quebrada”, zona sul de São Paulo. A Literatura Marginal, a qual nos referimos, é produzida por pessoas socialmente marginalizadas. A novidade é vir como movimento das margens, não apenas como tema de ficção, mas como concreta expressão de trabalho criativo e de resistência, que dialoga com instâncias e sistemas hegemônicos, para amplificação de suas vozes e estéticas. O movimento é de hibridação e agenciamento tensionados entre periferia e centro. Tendo como aporte teórico o materialismo cultural de Raymond Williams, surgiram objetivos mais específicos, como estudar outras práticas sociais ligadas ao escritor, o que permitiu a compreensão da literatura de Ferréz como produção social não desvinculada dessas outras práticas, que se encontram imersas na cultura da quebrada. Nossa tese trata do que podemos entender como projeto individual de Ferréz, por exemplo, um livro de sua autoria, estar íntima e formalmente relacionado a um modo coletivo. Sem o reconhecimento deste modo coletivo, produção social, não é possível compreender as ações do escritor nas várias esferas sociais e culturais, pelas quais circula. Partimos do pressuposto que suas práticas se dão em um sentido contra-hegemônico e são potencialmente emergentes. Como metodologia, delineamos estruturas de sentimento de experiências sociais em solução – que não existem em forma evidente e imediata, pois se encontram dispersas em práticas cotidianas. Isso foi possível a partir da análise dos romances e de outras produções materiais/culturais do escritor. A compreensão da realidade de vida de Ferréz, observando os processos culturais nos quais está imerso, nos permitiu acessar a natureza de suas práticas e as condições de produção. Ao relacionarmos essas questões à literatura que produz, confirmamos nossa tese. |