O artesão da “Feira do Largo da Ordem”: quem é esse trabalhador?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bernardelli, Julio Cezar lattes
Orientador(a): Dias, Maria Sara de Lima lattes
Banca de defesa: Knabem, Andrea lattes, Machado, Dinamara Pereira lattes, Dias, Maria Sara de Lima lattes, Beatriz, Marilene Zazula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4640
Resumo: Este trabalho tem por objetivo descrever o artesão bem como os sentidos por ele atribuídos ao artesanato. Como objetivos específicos o questionamento da pesquisa aborda: Qual o sentido do trabalho do artesão curitibano? Qual a influência da tecnologia em seu processo de trabalho? Qual o planejamento do seu futuro profissional? Para se conhecer o artesão, a sua origem e o seu modo de trabalho o pesquisador teve como referencial o campo da Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS) e o referencial teórico do materialismo histórico e dialético. Trata-se de uma pesquisa metodológica qualitativa na qual foram entrevistados seis artesãos e sete artesãs que expõem seus trabalhos na Feira do Largo da Ordem, que também registraram através de fotografias a influência da tecnologia em seu processo produtivo. Tanto as entrevistas como as fotografias foram submetidas ao procedimento de análise de conteúdo. Como resultado o sentido do trabalho do artesão pode-se afirmar pela tradição, pela realização pessoal e pelos valores familiares. Apesar das dificuldades encontradas pelos artesãos para sobreviver são inúmeras as gratificações que os mantém realizados no seu fazer. A influência da tecnologia no seu processo de trabalho tem pouca visibilidade ou utilização no seu fazer diário, sendo utilizada somente para cumprir tarefas repetitivas e observa-se grande cuidado para que esta tecnologia não afete a essência do artesanato. O futuro planejado – ou não – é manter-se ligado ao seu trabalho, e independente de qualquer amparo legal, pretendem continuar expondo seus produtos na feira. Apesar da evidente necessidade de sobrevivência pelo trabalho, no caso do artesão a questão da remuneração financeira é secundária, tendo em vista que a grande maioria deles se sente privilegiado por poder criar a partir do desenvolvimento da matéria-prima sua artesania.