Fisiologia da floração e atividade alelopática de Artemisia annua L. cultivar Artemis cultivada em clima subtropical úmido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Magiero, Emanuelle Cavazini
Orientador(a): Marchese, José Abramo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/237
Resumo: A Artemisia annua L. (Asteraceae) é uma planta herbácea, nativa da Ásia e aclimatada no Brasil. As folhas apresentam até 1,4% do peso seco em artemisinina, sendo fonte abundante desta lactona sesquiterpênica que, conjuntamente aos seus derivados semi-sintéticos, apresentam ação efetiva contra as cepas resistentes das espécies de Plasmodium causadoras da malária. A artemisinina também está sendo testada com sucesso no tratamento de câncer e apresenta-se efetiva contra inúmeros parasitas que afetam a saúde humana e animal. Os objetivos deste trabalho foram determinar as épocas de plantio e colheita da cultivar Artemis de A. annua em Pato Branco-PR, como também, determinar em campo o fotoperíodo crítico e o número de ciclos fotoindutivos necessários para o florescimento desta cultivar. Um segundo experimento foi realizado com o objetivo de determinar o potencial alelopático desta espécie sobre sementes de alface e leiteiro. No experimento em campo, os tratamentos utilizados foram seis diferentes épocas de plantio, sendo as 09 plantas centrais das parcelas colhidas para a determinação da massa seca de folha e caules, relação folha/caule e teor de artemisinina na massa seca de folhas quando 50% das plantas da parcela iniciaram a emissão dos botões florais. O número de ciclos fotoindutivos encontrado para a cultivar Artemis foi de aproximadamente 36 ciclos e o fotoperíodo crítico aproximado foi de 13 horas, que ocorreu em 09/02/2007 em Pato Branco-PR. Esse resultado determinou que a época de colheita para a cultivar Artemis, na região de Pato Branco-PR, deve ser na segunda quinzena do mês de março. O maior rendimento de biomassa nesse experimento ocorreu no plantio de 27/07/2007, 231 dias após o transplantio, mas recomenda-se tomar cuidado com as geadas que podem ocorrer até a primeira quinzena de setembro, sugerindo-se optar pelo plantio na segunda quinzena de setembro, período livre de geadas na região. Os maiores teores de artemisinina (em média 0,80% na matéria seca de folhas) foram obtidos nas épocas que mais vegetaram a campo devido à maior produção de biomassa. Para o experimento de alelopatia, o extrato aquoso bruto foi preparado a partir de folhas frescas na proporção de 1 L de água destilada para 250 g do material. Foram utilizadas as seguintes concentrações do extrato aquoso: 100%, 75%, 50%, 25% e 0% (água destilada). Foram analisadas as variáveis germinabilidade, velocidade média de germinação, tempo médio de germinação, comprimento da radícula e massa seca das plântulas. Extratos aquosos de A. annua apresentaram ação alelopática inibitória sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento de plântulas de alface e leiteiro.