Determinação de compostos bioativos de extrato e frações de própolis verde, propriedades biológicas e aplicação em emulsões cosméticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Arenhart, Deisy Karina lattes
Orientador(a): Tiuman, Tatiana Shioji lattes
Banca de defesa: Tiuman, Tatiana Shioji, Cottica, Solange Maria, Zara, Ricardo Fiori, Cardozo Júnior, Euclides Lara
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Toledo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Químicos e Biotecnológicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3271
Resumo: Própolis é uma substância resinosa produzida por abelhas, com composição química variada, destacando-se os compostos fenólicos e flavonoides, que conferem suas atividades biológicas, como antioxidante e antimicrobiana. A aplicação de matérias-primas de origem natural em cosméticos é uma tendência promissora do mercado, visto os potenciais benefícios à saúde e possível eficácia em minimizar os fenômenos de degradação durante as fases de processamento e armazenagem. Assim, o objetivo deste estudo foi determinar o teor de compostos bioativos e atividades biológicas de extrato e frações de própolis verde, com aplicação em emulsões cosméticas. Para tanto, obteve-se o extrato bruto etanólico (EBE) e, por extração líquido-líquido, as frações hexano (F-HEX), acetato de etila (F-ACT) e aquosa (F-AQ) de própolis verde e então se determinou os teores de compostos fenólicos totais (CFT) e flavonoides (FLA) por espectrofotometria e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE-DAD). Ainda, avaliou-se a atividade antioxidante por três métodos (DPPH, ABTS e FRAP) e a atividade antimicrobiana por concentração inibitória mínima (CIM). Avaliada a fração com melhores resultados, foi construiída curva de morte bacteriana a fim de verificar o tempo necessário para inibição ou morte microbiana. Aplicou-se esta fração em uma emulsão O/A não-iônica a fim de verificar sua influência na estabilidade do produto elaborado, observado através dos ensaios de estabilidade preliminar e acelerada. Obteve-se os melhores resultados na F-ACT, com média para CFT de 138,41 mg EAG g-1 e FLA de 85,84 mg EQ g-1 e para atividade antioxidante 1160,17 µmol ET g-1 (DPPH), 1023,30 µmol ET g-1 (ABTS) e 2020,22 µmol de Fe (II) g-1 (FRAP). As CIM mais efetivas foram obtidas frente às bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus MRSA (5,0 mg mL-1 e 10,0 mg mL-1 , respectivamente) e frente a levedura Candida albicans (2,5 mg mL-1 ). Por HPLC identificou-se 4 compostos, sendo estes os ácidos fenólicos cafeico, p-cumárico e flavonoides pinocembrina e crisina, com maiores concentrações de ácido p-cumárico e cafeico na F-ACT. No teste de cinética de morte microbiana, todos os microrganismos apresentaram redução no crescimento com o decorrer do tempo exposts à F-ACT de própolis em CIM e CIM*2, caracterizando atividade microbicida e/ou microbiostática. Com a incorporação da FACT, obteve-se emulsões com aspecto homogêneo, com coloração e odor característico de própolis, e que submetidas aos testes de estabilidade preliminar mantiveram-se estáveis do ponto de vista físico-químico, indicando compatibilidade entre os componentes da formulação. Nos testes de estabilidade acelerada, as emulsões controle (sem conservante) e contendo F-ACT 0,2 % não se mantiveram estáveis durante os 60 dias, apresentando alterações físico-químicas e/ou microbiológicas. Todavia, as emulsões contendo 2,0 % de própolis mantiveram-se estáveis durante todo o período compreendido pelo estudo, indicando que possuem potencial aplicação como conservantes dos produtos analisados.