Indução de resistência a doenças em morangueiro com o uso de Acibenzolar-S-Metil e Harpina em pré e pós-colheita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Tomazeli, Vanessa Nataline
Orientador(a): Marchese, José Abramo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/279
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos eliciadores acibenzolar-S-metil (ASM) e da proteína harpina em pré e pós-colheita na indução de resistência a Botrytis cinerea, causador do mofo-cinzento em morangos, e sobre outros agentes infestantes. Quatro experimentos foram conduzidos, dois deles em pré-colheita, e outros dois em pós-colheita. No primeiro experimento (1) em pré-colheita, conduzido em casa-de-vegetação, testou-se dois produtos à base de harpina (ProActTM 2,5 g L-1 com 1% do i.a., e Messenger® 0,75 g L-1 com 3% do i.a) e um à base de ASM (Bion® 500WG 0,5 g L-1 com 50% do i.a.), mais a testemunha (água destilada). Após 24 horas da segunda pulverização dos tratamentos foi realizada inoculação do fungo B. cinerea (105 conídios mL-1). Neste experimento foram avaliadas: produtividade, incidência e severidade da mancha-de-dendrofoma, flores abortadas, incidência de ácaros e incidência de frutos com mofo-cinzento, além do teor de proteínas totais, atividade da enzima fenilalanina amônia-liase (FAL), fenóis totais e taxa de assimilação de CO2. No segundo experimento (2) em pré-colheita, foram testadas doses de harpina (ProActTM 100, 200 e 300 mg L-1) e de ASM (Bion® 500 WG 100, 200, 300 e 400 mg L-1), mais a testemunha (água destilada). Após 24 horas da primeira aplicação dos tratamentos foi realizada inoculação de B. cinerea (104 conídios mL-1). Neste experimento foram realizadas avaliações para os parâmetros de produtividade, incidência de podridões e taxa de assimilação de CO2. Além disso, após a quarta aplicação dos tratamentos, foram coletados frutos para um dos experimentos (4) em pós-colheita. Foram realizados mais dois experimentos em pós-colheita, e o terceiro experimento (3) foi conduzido em parcelas subdivididas, com e sem ferimentos nos frutos. Os frutos foram pulverizados com ASM (Actigar® 50WG 5,0 mg do i.a. mL-1), dois produtos comerciais contendo proteína harpina (80 mg do i.a. L-1 - ProActTM e Messenger®) e uma testemunha (água destilada). Para o quarto experimento (4), frutos tratados em pré-colheita com 100, 200 e 300 mg L-1 ProActTM (1% de harpina), e 100, 200, 300 e 400 mg L-1 de Bion® (50% de ASM), mais a testemunha (água destilada). No experimento 3, os tratamentos foram aplicados por meio de pulverização e 12 horas após efetuou-se a inoculação do fungo B. cinerea (105 conídios mL-1). Após 48 horas da inoculação os frutos foram avaliados quanto à área lesionada e firmeza de polpa. Foi coletada amostra do material vegetal para análise do teor de proteínas totais e da atividade da FAL. Os frutos do experimento 4 foram colhidos do experimento 2, depois da quarta aplicação dos tratamentos. Após a desinfecção em HCl (1%) os frutos foram inoculados com o fungo B. cinerea (105 conídios mL-1) e passadas 96 horas foram avaliadas a área lesionada e a firmeza da polpa. Nos experimentos em pré-colheita foi observada indução de resistência à B. cinerea pelos eliciadores, inclusive com efeito de doses. No experimento 1, verificou-se maior atividade da FAL e maior acúmulo de fenóis totais, sendo estes parâmetros relacionados à redução da porcentagem de frutos podres e a menor incidência e severidade da mancha-de-dendrofoma. Em pós-colheita, no experimento 3, houve redução de área lesionada por B. cinera mediante aplicação dos eliciadores. A atividade da fenilalanina amônia-liase aumentou em relação à testemunha e foi relacionada ao maior controle do mofo-cinzento, como também, à maior firmeza de polpa. No experimento 4, também houve a redução da área lesionada, bem como o aumento da firmeza de polpa com o aumento das doses de ambos os produtos. As doses 300 e 9 400 mg L-1 de ProActTM e Bion®, respectivamente, apresentaram os menores valores de área lesionada e a dosagem de 200 mg L-1 de ambos os produtos apresentou maior firmeza de polpa.