Segurança alimentar e nutricional: produção para autoconsumo de famílias agricultoras do município de Ampére - PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Áline Mayara lattes
Orientador(a): Corona, Hieda Maria Pagliosa lattes
Banca de defesa: Corona, Hieda Maria Pagliosa lattes, Bezerra, Islandia lattes, Perondi, Miguel Angelo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26201
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo principal analisar a inter-relação entre produção para autoconsumo e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) em famílias agricultoras do Município de Ampére - PR. O percurso teórico-metodológico foi apoiado na abordagem qualitativa, na qual foram entrevistadas 10 famílias agricultoras, por meio de um formulário contendo perguntas fechadas e abertas, e com o auxílio de diário de campo. Os dados das perguntas fechadas foram compilados e analisados com o auxílio do software Excel® versão 2010; para as perguntas abertas foi realizada a análise de conteúdo. A produção de autoconsumo para essas famílias tem relação com a qualidade do alimento, a saúde, a tradição/cultura, economia e a afetividade. Os alimentos por eles(as) produzidos são valorizados por possuírem uma qualidade nutricional superior aos alimentos comprados, pela confiança no saber-fazer tradicional e na ausência de agrotóxicos, retratando uma segurança ontológica. A produção para autoconsumo, também, torna-se um elemento capaz de fortalecer o vínculo da família com o lugar em que vive e da continuidade da sua tradição em produzir alimentos, garantindo alimentos seguros para o consumo. E mesmo diante de tantas alterações nos modelos alimentares tradicionais locais, isso contribui para a consolidação de memórias que são construídas nessas relações. O autoconsumo assume, também, papel de resistência e reflexividade em relação aos alimentos/produtos ditos modernos (ultraprocessados). Os(as) agricultores(as) reproduzem a vivência do plantar, do colher e de consumir seu próprio alimento, livre de contaminantes agroquímicos, por onde se constrói a história da alimentação da sua família e se reproduz, mesmo que de forma recontextualizada, às gerações futuras.