Desempenho de fosfitos de potássio no manejo de mofo branco em soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Camochena, Rubia Cristiani lattes
Orientador(a): Santos, Idalmir dos lattes
Banca de defesa: Reis, Erlei Melo, Giaretta, Rosangela Dallemole, Oliveira, Marisa de Cacia, Santos, Idalmir
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1620
Resumo: A cultura da soja é importante no mercado brasileiro sendo um dos produtos mais exportados pelo país. Sua produtividade pode ser afetada pelas doenças, como mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum Lib. de Bary, que, em condições ambientais favoráveis, se desenvolve nas lavouras e impede a cultura de expressar todo seu potencial produtivo. O fungo é cosmopolita e infecta mais de 400 espécies de plantas. Essa doença é de difícil controle, e o uso de agroquímicos não é suficiente para evitar perdas significativas, e além disso, causam danos ambientais e possuem custos elevados. Métodos alternativos, a exemplo dos fertilizantes foliares, à base de fosfito de potássio, também podem ser utilizados no manejo desta doença. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi comparar diferentes fosfitos de potássio no controle do mofo branco em soja, bem como a época de aplicação na cultura, a ação na indução de respostas de defesa das plantas e/ou sua influência na qualidade das sementes. O efeito dos fosfitos sobre o patógeno foi avaliado, in vitro, sobre a inibição micelial, a massa de micélio seca e germinação de escleródios. Em todos os testes foram utilizados os seguintes fosfitos: Fosfito A (P2O5-40%; K2O-20% - 1 L/ha); Fosfito B (P2O5-40%; K2O-28% - 1 L/ha); Fosfito C (P2O5-40%; K2O-20% - 1 L/ha), Fosfito D (P2O5-30%; K2O-20% - 2,4 L/ha). Nos testes de indução de resistência foram avaliadas a síntese de fitoalexinas, em cotilédones de soja, e as enzimas FAL e POX, avaliadas em plântulas, em câmara de crescimento, pulverizadas com os fosfitos e o fungicida fluazinam. O experimento de campo foi conduzido no Município de Coronel Domingos Soares-PR, na safra 2012/2013, em área com infestação natural com o fitopatógeno. Foi semeada a cultivar de soja utilizada foi BMX Ativa, em sistema de semeadura direta, com espaçamento entre linhas de 0,5 m. O delineamento experimental foi em arranjo fatorial 5 x 4 (tratamentos x épocas de aplicação). Foram utilizados os fosfitos descritos acima e pulverização somente com água no tratamento testemunha. Os tratamentos foram aplicados em quatro estádios fenológicos da cultura: V4, V4+R1, R1 e R2, nas dosagens recomendadas pelo fabricante. Após a colheita foram avaliados componentes de rendimento e qualidade sanitária e fisiológica das sementes. Nenhum dos fosfitos testados afetou o crescimento micelial e a germinação dos escleródios, nem influenciou na síntese de fitoalexinas. Os fosfitos C e D se destacaram por aumentar a atividade da fenilalanina amonia-liase a partir de 48 horas após a inoculação. Esses mesmos produtos também induziram a síntese de peroxidases e o fosfito C foi o que manteve os níveis dessa enzima elevados até 72 horas após a inoculação. No experimento de campo os fosfitos C e D se destacaram no controle do mofo branco. Não houve interação significativa dos fosfitos de potássio na qualidade fisiológica e sanitária das sementes.