A educação superior no desenvolvimento da Guiné- Bissau: contribuições, limites e desafios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sani, Quecoi
Orientador(a): Bernartt, Maria de Lourdes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/678
Resumo: O presente texto visa apresentar o delineamento de uma pesquisa de campo exploratória vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, da UTFPR Câmpus Pato Branco. A pesquisa tem como foco de análise a educação superior no desenvolvimento da Guiné-Bissau – suas contribuições, limites e desafios. A educação formal na Guiné Bissau começou durante a colonização portuguesa, 1446 -1974, contudo, um número muito ínfimo dos guineenses tinha acesso à escola, por conta da política adoptada pelo colonizador que era “adormecer” quanto possível os nativos para não darem conta da exploração que o país estava sofrendo. A situação colonial não criou oportunidades de o país poder desenvolver um ensino de qualidade para todos, porque à boa parte dos guineenses era negado o acesso àquele que é considerado um valor fundamental na sociedade humana. O país colonizador pouco investiu na educação da população, em relação a outros países como Inglaterra, França nas suas colônias como Gambia e Senegal, respectivamente. Trata-se de estudo com abordagem qualitativa, uma vez que estudos dessa natureza revelam uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida em números. Para isso, foi realizada pesquisa de campo, exploratória, envolvendo doze instituições da Guiné-Bissau, sendo: oito de Educação Superior, dois ministérios e dois institutos nacionais de pesquisa. A amostragem envolveu dirigentes e ministros das instituições nominadas. A coleta de dados ocorreu por intermédio de: roteiro de entrevista semiestruturado com dirigentes e ministros das instituições nominadas; documentos oficiais das universidades: projeto pedagógico, cursos, pesquisa, extensão, recursos humanos, estrutura administrativa, dentre outros; documentos oficiais dos ministérios: Plano Nacional de Educação para Todos, Segundo Documento de Estratégia Nacional de Redução da Pobreza (DENARP II), Projeto de Apoio de Ensino Superior nos Países da União Econômica Monetária Oeste Africana (UEMOA), dentre outros; banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisa. Os resultados demonstram que as principais contribuições da educação superior para a Guiné-Bissau consistem em maior número de cidadãos com formação superior, maior número de funcionários preparados para o bom desempenho laboral, administração pública eficaz e eficiente, maior produtividade econômica nacional e diminuição da pobreza. No entanto, há muitos limites para o desenvolvimento do país e da educação superior, dentre eles: o início tardio e ainda incipiente da educação superior na Guiné-Bissau, à falta de qualificação de docentes e a infraestrutura, necessária para tal, o parco Orçamento Geral de Estado para a educação, uma vez que o país tem sido considerado um dos que muito pouco investe na educação comparando com países dessa região africana. A atual conjuntura global faz com que todos os países adotem políticas públicas voltadas ao desenvolvimento. E a educação superior deve ser um desafio premente dos países para a concretização do desenvolvimento almejado por todos. Dentre as oportunidades para a Guiné-Bissau em relação à mobilidade de alunos e docentes, estão os acordos educacionais com países como Portugal, Cuba, Rússia, Senegal, China, Brasil.