Análise da produção técnico-científica dos docentes de duas jovens universidades de modelos distintos: comparativo entre a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Universidade Federal do ABC (UFABC)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Agnaldo da lattes
Orientador(a): Pilatti, Luiz Alberto lattes
Banca de defesa: Pedroso, Bruno lattes, Cantorani, José Roberto Herrera lattes, Silva, Sani de Carvalho Rutz da lattes, Renaux, Douglas Paulo Bertrand lattes, Pilatti, Luiz Alberto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4720
Resumo: O objetivo do presente estudo é comparar as produções dos docentes das universidades UTFPR e UFABC no campo da pesquisa e inovação. Essas instituições de ensino superior foram criadas no ano de 2005 pelo Governo Federal. A UTFPR surge da transição da Centro Federal de Educação Técnológica (CEFET-PR) para uma Universidade, com a missão de formar profissionais através da educação tecnológica com abordagens mais práticas de aprendizagem em estreita colaboração com os setores produtivos e com a sociedade, impulsionando o desenvolvimento das regiões onde atua. A UFABC nasce de um projeto de Estado em uma das regiões mais industrializada do Brasil, tendo como fundamentos básicos a interdisciplinaridade para o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, com o objetivo de formar cidadãos com competência profissional em diferentes áreas de conhecimento. A UTFPR representa o único modelo de Universidade Tecnológica criada no Brasil, mas algumas características desse modelo, ou todas, em graus distintos, estão presentes na universidade clássica preconizadas pela UFABC. Em função disso, essa pesquisa exploratória é compreendida pela análise desses dois modelos de universidades. A comparação que se pretende apresentar é concentrada na exploração das produções técnicas e científicas cadastradas pelos docentes na Plataforma Lattes mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) relacionadas a pesquisa aplicada e inovação das instituições. Os dados foram coletados e cedidos pela plataforma Stela Experta, empresa de gestão de dados educacionais, em formato de arquivos do software Excel. A hipótese básica é embasada na evolução e características desses dois modelos, tendo como base os eixos tecnológicos estabelecidos pela Rede de Universidades Tecnólogicas e Politécnicas da América Latina e do Caribe, que apresentam eixos tecnológicos que preconizam uma Universidade Tecnológica. O estudo é comparativo e exploratório. O corpus documental é constituído de documentos institucionais e da extração dos currículos lattes dos pesquisadores da UTFPR (2.549) e da UFABC (670), tendo como base produções técnico-científicas, desde de suas criações que compreende o ano de 2005 até o ano de 2017. Posteriormente, são aplicadas as etapas do processo Descoberta de Conhecimento em Base Dados, utilizando algoritmos de mineração de textos, além de métodos estatísticos de descrição e análise de variância aplicados nas etapas de exploração dos dados. A pesquisa confirmou parcialmente a hipótese. A análise dos dados evidenciou que após 14 anos de sua transformação em universidade, a UTFPR teve um afastamento das características de Universidade Tecnológica em relação ao perfil dos docentes e a sua pesquisa aplicada, quando comparadas com o modelo clássico da UFABC. Em contrapartida, sua área de inovação apresentou-se como diferencial na comparação dos dois modelos, sendo hoje destaque do país nessa área. Do outro lado, a clássica UFABC se consolidou na área da pesquisa de alto impacto, resultados que superam a média nacional. Concluise que a UTFPR tem como desafio fortalecer seu corpo docente e a pesquisa na área de tecnologia, para consolidar seu modelo de Universidade Tecnológica criando uma identidade própria e reconhecimento científico-industrial.