A tecnologia no processo ensino-aprendizagem na percepção dos professores das escolas de tempo integral da rede pública municipal de Curitiba
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3098 |
Resumo: | O objetivo do estudo foi analisar o papel da tecnologia no processo ensino e aprendizagem, na percepção dos professores das escolas de tempo integral da rede pública municipal de Curitiba. A revisão da literatura discute conceitos do determinismo e da Teoria Crítica e as implicações dessas teorias para a sociedade e estudos na área; discute a escola e a tecnologia, ou seja, a escola como elemento participante da sociedade consumidora e produtora de tecnologias; a formação de professores para o uso das novas tecnologias com os alunos e questões relacionadas às escolas que ofertam ampliação do tempo de permanência/dia nesse ambiente. A metodologia utilizada foi o delineamento misto sequencial exploratório composto de duas fases: uma primeira fase com abordagem qualitativa e uma segunda fase com abordagem quantitativa. A escolha da abordagem qualitativa para iniciar o estudo se deu em virtude de ser uma abordagem oportuna para explorar com mais profundidade situações cotidianas em um novo contexto. A técnica de coleta de dados foi a entrevista individual semiestruturada (conversação gravada e depois transcrita, tendo apenas um roteiro inicial com perguntas abertas) realizada com quinze professores de diferentes escolas localizadas em oito regionais no município de Curitiba. Da análise dos dados emergiram quatro categorias: formação de professores – inicial e continuada; uso da tecnologia em sala de aula; dificuldades encontradas pelos professores no uso da tecnologia e também as implicações da tecnologia nas escolas de tempo integral. Na segunda fase foi utilizado a pesquisa descritiva do tipo levantamento quantitativo. A opção em realizar uma fase quantitativa foi permitir a análise em dimensão maior que na abordagem qualitativa. A amostra foi composta de duzentos e dez professores que ministram aulas em escolas de tempo integral em oito regionais do município de Curitiba. O instrumento de coleta de dados foi um questionário constituído por um conjunto de escalas de dois a cinco pontos do tipo Likert para avaliar diferentes aspectos da utilização da tecnologia no contexto das escolas de tempo integral. Os itens para a elaboração do questionário emergiram da análise dos resultados obtidos na primeira fase do estudo. O instrumento foi validado por especialistas da área e testado em estudo-piloto com trinta e cinco professores de trinta e cinco escolas de tempo integral. A partir deste processo, o questionário final constituiu-se de cinco blocos que trataram sobre a formação inicial dos professores, apropriação da tecnologia, confiança dos professores na tecnologia, estrutura das escolas e frequência das atividades baseadas na tecnologia. Os dados quantitativos foram submetidos à análise estatística descritiva (distribuição de frequência, média e desvio padrão), análise não-paramétrica (Kruskal-Wallis e Mann-Whitney), comparação de escores médios, análise fatorial e análise Multivariada de Variância – (MANOVA - Multiple Analysis of Variance). Os principais resultados mostraram que a formação inicial dos professores sofreu mudanças históricas no tempo e no espaço. Em relação à formação continuada, as evidências mostraram que os temas trabalhados nos cursos oferecidos pela mantenedora não se articulam com o tema tecnologias, ou seja, são abordados separadamente. Os dados também mostraram que há divergência entre os professores no que diz respeito ao uso da tecnologia nas escolas de tempo integral, pois há professores que consideram que os alunos matriculados em tempo integral têm mais acesso às tecnologia, como também, demonstram apresentar melhor oralidade e argumentação em relação aos alunos que ficam em tempo regular. Outros professores consideram que a ampliação da jornada diária não implica maior acesso à tecnologia e melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem. As diferentes percepções dos professores sobre o processo ensino-aprendizagem dos alunos das escolas de tempo integral mostraram também que a ampliação de tempo em que as crianças ficam na escola não traz implicações relevantes para a aprendizagem. |