Análise dos padrões térmicos após estresse ao frio com utilização da termografia para identificação de suspeita do fenômeno de Raynaud

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Heimbecher, Catia Terezinha lattes
Orientador(a): Ulbricht, Leandra lattes
Banca de defesa: Ulbricht, Leandra, Dorini, Leyza Elmeri Baldo, Lozovey, João Carlos do Amaral
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3295
Resumo: A termografia é um instrumento não invasivo que detecta a radiação infravermelha emitida por um corpo. É um método que não apresenta riscos para o paciente ou para o aplicador e tem como uma de suas aplicações o estudo do Fenômeno de Raynaud (FR). Esta é uma condição que mostra resposta exagerada ao frio. No caso do FR secundário, pode se chegar à ulcerações nas extremidades dos dedos e, em alguns casos, até a amputações. A termografia poderia favorecer o diagnóstico e a adoção de tratamentos precoces, desde que sejam estabelecidos os padrões de análise tais como a distinção do tempo de reaquecimento pós-estresse ao frio e faixa de temperatura do reaquecimento entre pessoas sem e com o fenômeno, parâmetros de imagem compatível com FR primário e secundário entre outras lacunas ainda existentes. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar os padrões térmicos após estresse ao frio com a utilização da termografia para identificação da suspeita do FR. Foi realizado um estudo exploratório descritivo, com 284 voluntários (257 indivíduos não diagnosticados, 14 com diagnóstico de FR primário e 12 com diagnóstico de FR secundário). O ambiente de coleta de dados foi mantido com temperatura de 23°C, sendo utilizada a câmera térmica (Fluke Ti400) para acompanhar o padrão de reaquecimento após um protocolo de estresse ao frio (imersão das mãos até o nível do carpo em recipiente com água a 10°C durante 60 segundos). As imagens foram registradas: antes, imediatamente após a imersão e a cada 5 minutos, até que se completasse 20 minutos pós-imersão. Foram delimitadas regiões de interesse (ROI) em extremidade distal de membros superiores e metacarpos. Para a análise de dados foram traçados os histogramas normalizados para definição da função de densidade de probabilidade da temperatura absoluta e da DDD (Diferença Distal Dorsal). O tempo de recuperação após estresse ao frio foi de 15 minutos e a temperatura foi superior a 25°C na população que não apresenta reaquecimento tardio. As imagens térmicas de pacientes com FR primário apresentaram simetria em todos os dedos de ambas as mãos. Nos pacientes com FR secundário, as imagens apresentaram assimetria em 75% dos casos. Obteve-se um score a partir de três sintomas, porém a separabilidade dos grupos de indivíduos não diagnosticados com o FR foi mais consistente a partir da linha de corte da recuperação após estresse ao frio. Ao se analisar os valores térmicos dos ROI’s dedo a dedo, o polegar revela-se poupado no FR, o 4° dedo (anelar) se revelou como dedo de maior significância e o 2º dedo (indicador) como o dedo mais frio. Entende-se que a termografia pode ser usada como exame complementar, sendo que o parâmetro de temperatura absoluta apresenta melhor discriminação nos dados. A DDD apresentou comportamento inconsistente na análise térmica.