Avaliação da qualidade da água do Lago Igapó e seus tributários na cidade de Londrina/PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Curioni, Adriano Augusto lattes
Orientador(a): Martins, Jorge Alberto lattes
Banca de defesa: Tassi, Rutineia lattes, Martins, Jorge Alberto lattes, Theodoro, Joseane Debora Peruço lattes, Martins, Leila Droprinchinski lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29798
Resumo: A avaliação da qualidade da água em corpos hídricos urbanos tornou-se uma atividade indispensável diante do constante aumento populacional e da crescente taxa de urbanização. A qualidade da água foi avaliada através de um trabalho de campo, dividido em duas campanhas com 15 pontos de coleta distribuídos entre a nascente da microbacia do Ribeirão Cambé e a barragem do Lago Igapó I na cidade de Londrina/PR. As campanhas foram realizadas no ano de 2021, nos meses de janeiro e agosto, pois são períodos com condições climáticas distintas, caracterizados por estações de chuva e estiagem, respectivamente. Foram avaliados 11 parâmetros físico-químicos e microbiológicos: temperatura, condutividade elétrica (CE), potencial hidrogeniônico (pH), turbidez, oxigênio dissolvido (OD), sólidos totais, nitrogênio total, fósforo total, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), coliformes termotolerantes e Escherichia coli. Foi calculado o índice de qualidade da água (IQA) e realizada a análise multivariada de dados através da Análise de Componentes Principais (PCA). Os resultados foram comparados aos valores limites da Resolução CONAMA Nº 357/2005. O estudo mostrou que, na 1ª campanha, o local é fortemente prejudicado pelo escoamento de água da chuva para o interior do lago. A quantidade excedente de matéria orgânica e sedimentos tem levado ao seu avançado estado de assoreamento, demonstrado pelos altos valores de DBO, turbidez e coliformes termotolerantes. Na 2ª campanha, a contaminação da água ocorreu de maneira pontual, além do acúmulo de contaminantes no sedimento. Isso foi verificado pela alta concentração de sais, devido ao menor escoamento de água da chuva, confirmado pelos parâmetros de CE, fósforo total e sólidos totais. Os resultados sugerem a contaminação de origem antrópica em ambas as campanhas de coleta. De um modo geral, o IQA do lago foi classificado como “bom” e juntamente com a análise de PCA, foi uma ferramenta importante para a avaliação da qualidade da água da microbacia. A invariabilidade do IQA demonstra que as mudanças nas condições climáticas promovem a intermitência dos parâmetros, mas, a natureza degradada dos corpos hídricos estudados prevalece sobre a sazonalidade. Diante disso, para o planejamento de ações de mitigação dos problemas do Igapó, é altamente recomendável um olhar atento aos parâmetros implícitos no cálculo do IQA.