Adaptação do ensaio roda-de-borracha para avaliação do desgaste abrasivo a três corpos de rolos poliméricos de correias transportadoras
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica e de Materiais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26722 |
Resumo: | Em virtude da demanda pelo aprimoramento de processos produtivos no setor de mineração, a melhoria de componentes é primordial para evitar falhas. Rolos de correias transportadoras de minério estão constantemente sujeitos à abrasão de dois e três corpos de maneira que o travamento de um rolo metálico devido à falha do rolamento severiza a abrasão, e arestas aĄadas capazes de cortar a correia são expostas. A alternativa para evitar a falha é o uso de rolos poliméricos, que além disso são mais leves. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo caracterizar e hierarquizar, segundo a resistência à abrasão, rolos poliméricos de diferentes composições mediante simulação experimental dos fenômenos de desgaste. Para a realização deste estudo, construiu-se um equipamento para ensaio roda de borracha instrumentado e adaptado possibilitando o uso de amostras anelares, reproduzindo o contato entre correia e rolo. Analisaram-se amostras de três polímeros diferentes: PEAD+NF (Polietileno de Alta Densidade) aditivado com negro de fumo (NF) presente em duas diferentes porcentagens de peso (2,3% e 3,6%), provenientes de dois fornecedores distintos, PEUAPM (Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular) e PEAD+FV (Polietileno de Alta Densidade) aditivado com Ąbra de vidro (FV); ainda, realizaram-se ensaios com uma amostra de aço AISI 1020 de um rolo usado em campo, sendo este o material de referência. Utilizaram-se duas conĄgurações: amostras Ąxas, reproduzindo a situação de rolo travado; e amostras rotacionando, reproduzindo a condição de um rolo em funcionamento. Para os ensaios com amostras Ąxas, aplicou-se uma força normal de 200 Newton e tempo total de ensaio de 10 minutos (1420 metros). Para amostras rotacionando, realizaram-se ensaios com força normal de 250 Newton e 40 horas de duração (344.720 metros). As amostras foram caracterizadas mediante gravimetria, avaliação das marcas de desgaste com posterior cálculo do volume e massa desgastados. A superfície desgastada foi analisada mediante observação em MEV, a Ąm de investigar os mecanismos de abrasão, bem como correlacioná-los aos resultados obtidos e compará-los com os mecanismos observados em um rolo desgastado em campo e também com resultados de ensaios de esclerometria com os mesmos materiais. VeriĄcou-se comportamento dessemelhante para o atrito e desgaste entre as diferentes abordagens experimentais de roda de borracha; quanto aos mecanismos de desgaste, em ensaios com amostra travada, observouse predominância de micro-sulcamento no PEUAPM, micro-corte em ambos PEAD+NF, micro-trincamento no PEAD+FV e um misto de micro-sulcamento, indentação e microcorte no aço. Nos ensaios com amostra rotacionando o mecanismo de desgaste observado para todas as amostras foi indentação decorrente do rolamento de partículas e microtrincamento na amostra de PEAD+FV. Os resultados obtidos em ambas as abordagens experimentais de roda de borracha revelam hierarquia de resistência ao desgaste abrasivo conforme: PEUAPM > PEAD+NF36 > PEAD+NF23 > AÇO > PEAD+FV. |